sábado, 17 de outubro de 2015

Tricotomia Humana Entenda

"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. " 1Ts 5.23.

O ser humano é tripartido. Todo homem é espírito alma e corpo. O corpo é diferente da alma e a alma é diferente do espírito. ( diferente do Espírito Santo )
O homem é um espírito que tem uma alma e habita num corpo.

Corpo : Minha forma visível. Com ele me relaciono com o mundo exterior.( ex.: Os cinco sentidos, fala, audição, visão, olfato, tato. )
Alma : É tudo que o homem é. Sua personalidade. Seu ego. É o mundo dos pensamentos, sentimentos e decisões. A alma está entre o espírito e o corpo.
Pertence aos dois. Está ligada ao mundo espiritual através do espírito e ao mundo material através do corpo. Através da alma tenho consciência de mim mesmo.

Áreas da alma

Mente : Sede da alma, intelecto, pensamentos, raciocínios, memória.

Vontade : Instrumento para tomar decisões. Poder para escolher.

Emoções : Instrumento para expressar nossos sentimentos, gostos, simpatias, alegrias, tristezas, amor, ódio, etc.

O Termo alma representa o hebraico nephesh, que em muitas outras passagens se traduz por “vida” ou criatura.

Usa-se esse vocábulo a respeito dum ser vivo (Gn 17. 14; Nm 9.13, etc.); e dos animais, como criaturas (Gn 2.19, 9.15, etc.); e da alma como substancia distinta do corpo (Gn 35.18); da vida animal (Gn 2.7; note-se a aparente identificação com o sangue, Lv 17.14; e Dt 12.23); da alma como sede dos afectos, sensações e paixões, sendo susceptível de angústia (Gn 42.21), de aflição (Lv 16.29), de desanimo (Nm 21.5), de desejo (Dt 14.26), de aborrecimento (SI 107. 18); e sendo, também, capaz de comunicação com Deus.

Como vinda Dele (Ez 18.4). desejando-O (SI 42.1, Is 26.9), regozijando-se Nele (SI 35.9; Is 61.10), confiando Nele (Sl 57.1), adorando-O (SI 86.4, 104.1), mas pecando contra Deus e fazendo mal a si própria (Jr 44.7; Ez 18.4; Mq 6.7).

No N.T. é o termo “alma’ a tradução do grego “psyché”, que, como nephesh, é muitas vezes traduzido por “vida”.

Usa-se acerca do homem individual (At 2.41; Rm 13.1: 1 Pe 3.20); da vida animal sensitiva, com as suas paixões e desejos, distinguindo-se do Corpo (Mt 10.28). e do espírito (Lc 1.46; 1 Ts 5.23; Hb 4.12).
A alma é susceptível de perder-se (Mt 16.26); de ser salva (Hb 10.39; Tg 1.21); e de existir depois da separação do corpo (Mt 10.28; Ap 6.9; 20.4).
ESPIRITO
Espírito humano: Ponto de contacto com Deus. É através do meu espírito que tenho consciência de Deus e me relaciono com Ele. Deus é Espírito e só podemos perceber Deus no espírito. ( Ef 2:22 Jo 4:24 )

A palavra “espírito” no A.T. é, com duas excepções, uma tradução do termo hebraico ruach, que também tem a sua significação literal de “vento” (Gn 8.1, etc.), sendo em muitas passagens traduzido por “sopro”, com aplicação ao ar respirado (Jó 17.1; Is 2.22) e à frase “fôlego de vida” (Gn 6.17; 7.15; cp com Sl 104.29, e Ez 37.8).

Deste modo é naturalmente empregada a palavra acerca do principio vital, o principio da vida animal (anirna, psyché), quer se trate de homens ou de animais (“fôlego”, Ec 3.19); de homens (Gn 45.27; Nm 16.22; Jó 10.12; SI 104.29; Ec 12.7; Is 38.16; 57.16).
Noutras passagens refere-se ao principio espiritual ou à alma racional (anomus, pneuma).

Neste sentido é o espírito a sede das sensações e das emoções; ele é altivo (Pv 16.18), atribulado (1Sm 1,15), humilde (Pv 16.19); tornam-se nele subjectivas as graças divinas (Sl 51.10; Ez 11,19; 36.26).

No N.T., o espírito (pneuma ), como faculdade divinamente concedida, pela qual o homem pode pôr-se em comunhão com Deus, distingue-se do  próprio carácter natural (psyché); veja-se especialmente  1Co 2.10 a 16.

A Bíblia claramente faz supor a existência do espírito, separado do corpo depois da morte (Lc 24.37, 39; Hb 12.23 ).

Qual a Diferença entre "Alma" e "Espírito"?
"O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:23).
"Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hebreus 4:12).

Estes dois versículos mostram que a Bíblia às vezes distingue entre "alma" e "espírito".
A palavra portuguesa "alma" geralmente vem ou do hebraico "nephesh" ou do grego "psyche" e pode ser usada de várias maneiras.
Ela às vezes se refere à ideia de vida física e é frequentemente traduzida como "vida" (Mateus 6:25; 2:20; Filipenses 2:30).
Às vezes se refere à pessoa e é, assim, traduzida como "pessoa" (Atos 7:14; 1 Pedro 3:20).
Ocasionalmente, a palavra "alma" é usada para falar do "espírito" do homem, que não pode ser destruído, mas que pode sofrer castigo eterno e expulsão da presença de Deus.  (Mateus 10:28; 1 Pedro 1:22; Atos 2:27,31; Salmo 16:10).
"Alma" é raramente usada em referência a Deus.

O termo espírito faz ressaltar o aspecto espiritual do homem, ou do próprio Deus. Ele vem do hebraico "ruach" e do grego "pneuma".

Esta palavra pode ser usada para falar do aspecto racional, moral e espiritual do homem (1 Coríntios 2:11), mas não é usada para animais.

É também frequentemente usada para falar de Deus como um ser espiritual (1 Coríntios 3:16; 2 Coríntios 3:3).

Enquanto as palavras "alma" e "espírito" são às vezes intercambiáveis, é claro que muitas passagens fazem uma distinção.
"Alma" é associada mais comummente com a vida física, enquanto "espírito" se relaciona mais com a mente e o aspecto espiritual do homem.
A vida física é tirada do homem quando seu espírito é separado de seu corpo (Tiago 2:26; Eclesiastes 12:7).
Mas o espírito eterno que volta a Deus para ser julgado continuará a existir eternamente.
Pelos nossos actos nesta vida, cada um de nós escolhe para onde seu espírito irá na eternidade.
Ou sofremos o castigo eterno ou gozaremos a vida eterna (Mateus 25:46; 2 Tessalonicenses 1:9).
Decidimos nosso futuro eterno pelo que fazemos nos corpos que temos agora (2 Coríntios 5:10).

A alma se separa do espírito? Ou são inseparáveis?
Resposta
Segundo o ensino de Paulo em I Ts. 5:23, somos compostos de três partes: Corpo, alma e espírito. O que Significam esses três elementos?

CORPO
Parte material do homem.

ALMA   (CORAÇÃO)
Substância incorpórea, imaterial, invisível, criada por Deus à sua semelhança, fonte e motor de todos os actos humanos. É a parte imortal dos homens, em contraste ao corpo (Is.10:18, Ap.6:9, 20:4).

ESPIRITO  (RAZÃO)
O espírito é a parte do homem que inclui a razão, a vontade e a consciência, que é imortal.

Na Criação do homem, pode-se ver a formação e constituição dessa “tri-unidade”: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra (corpo), e soprou em seus narizes o fôlego de vida (espírito) e o homem foi feito (alma) vivente (Gen.2:7).
Parece-nos que alma e espírito estão tão intrinsecamente ligados que são inseparáveis.

Muitas vezes parecem se confundir os dois, como por exemplo: Em Ec.12:7, é o espírito que volta a Deus no momento da morte, já em Ap.6:9, é a alma.
Em Mat.10:28, a parte que morre é a alma, já em Tiago 2:26 é o espírito.
Resumindo, se a alma é a sede e o centro da vida humana, e o espírito é o intelecto, dá-nos a impressão que são inseparáveis, pois na eternidade nossa alma viverá, e estaremos bem conscientes (espírito).

O Homem comparado ao Tabernáculo de Deus
I Cor. 3:16
"Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?"
O tabernáculo assim como o Templo eram compostos ou formados de 3 partes.
Cada uma delas pode ser comparada às partes que formam o homem já salvo.
O Átrio:  A parte que circundava, representa o nosso corpo.

Lugar Santo: onde se acendia a Lâmpada, representa a alma.

Santo dos Santos: Onde Deus habitava e manifestava Sua presença, representa o espírito.

CRIAÇÃO E QUEDA DO HOMEM
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança.

O criou para ter comunhão com ele. Adão antes da queda era um homem perfeito e usava todo seu potencial da alma, mas era governado pelo espírito.

O Homem foi criado à semelhança de Deus. Tinha comunhão com Deus em espírito que governava sua alma , que por sua vez governava o corpo.
O homem era um ser governado pelo espírito.
Após a queda o espírito do homem morreu para Deus e o homem perdeu a comunhão com Ele.
O homem passou a ser governado pela sua alma.
OS 3 PASSOS (FASES) PARA A SALVAÇÃO
1) Justificação do espírito.
Livra-me da culpa do pecado. É o inicio da caminhada.
Quando o homem caiu (escolheu fazer a própria vontade ao invés da vontade de Deus), ele morreu espiritualmente.
O homem ficou então incapaz de ter comunhão com Deus por causa da culpa do pecado. Gn 3:7-10

O problema da culpa só tem duas soluções : É paga ou perdoada.
O homem por si só não pode justificar-se diante de Deus e remir sua culpa.
Deus é perfeitamente santo, puro, justo e qualquer erro, por menor que seja, qualquer pensamento impuro, qualquer deslize , para ele é uma ofensa terrível
Mas pela sua misericórdia e amor Ele enviou Jesus, que foi perfeito, puro, justo, santo, não cometeu nenhum pecado e por isso foi oferecido como sacrifício pelos nossos pecados, nos perdoando e livrando de toda culpa.
Podemos agora Ter comunhão com Deus livremente.

Aqui começa o drama do homem, ou ele aceita o perdão de Deus através de Jesus Cristo, ou ele vai tentar achar alguma forma de remir esse sentimento.

( religiosidade, obras, auto-punição )
Religião => forma do homem tentar aplacar a ira de Deus.

Recebemos o perdão pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo.
Mas muitas pessoas não aceitam ser salvas sem que tenham que fazer algo.
A graça de Deus é uma afronta ao  orgulho do homem.
O novo nascimento, a obra de Jesus por nós , vivifica o nosso espírito e podemos novamente ter comunhão com Deus. Ef 2:1 Jo 1:12-13

2) Santificação da alma.
Cura das lembranças e emoções, vontade ajustada com a vontade de Deus. Imprime em nós o carácter de Cristo ( caminhar por fé e não por sentimentos ).
Deus cura nosso espírito nos dá tudo que precisamos para ter uma vida santa e reta em perfeita comunhão com Ele (um novo espírito, uma nova vida ). II Pe 1:3
Em que nos enroscamos então ?
Nas enfermidades da alma causadas pelo pecado ( independência de Deus ) em nossa mente, vontade e emoções .
Nossa alma ( mente, vontade e emoções ) foi afetada pelo pecado e também precisa de cura
Quando nos convertemos Deus, através de sua Palavra, começa uma limpeza em nosso interior, em nossa alma.  Lc 21:19 - I Pe 1:9 - I Pe 1:22
3)  Glorificação do corpo
O objetivo final na ressurreição ou arrebatamento, quando receberemos um novo corpo, semelhante ao de Cristo depois de ressurrecto. I Co 15:51-52
Ao nos convertermos nosso espírito é vivificado e estamos salvos, mas Deus quer fazer mais.
ALMA CORPO E ESPIRITO REPRESENTADOS EM UMA LÂMPADA.
“O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do coração (ou alma).” (Pv. 20.27).
1 - O Espírito Santo (Sua Pessoa)
É representado pela “Energia Eléctrica.” Não o podemos enxergar, mas Ele é o Poder de Deus em nós, habitando em nosso espírito recriado quando recebemos a Jesus como nosso SENHOR E SALVADOR – (Rm. 10.9-10) “Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação.” (NVI).
O espírito (do homem) tem três funções principais:
CONSCIÊNCIA – É o órgão de discernimento que distingue o certo e o errado, mas não por meio da influência do conhecimento acumulado na mente, senão por um julgamento espontâneo e directo; a consciência condena todas as condutas que não seguem as direcções dadas pela intuição;

INTUIÇÃO – É aquele conhecimento que chega até nós, sem qualquer ajuda da mente, emoção ou vontade.
Chega intuitivamente. As revelações de Deus e todos os movimentos do Espírito Santo, tornam-se conhecidos do crente por meio da intuição; a CONSCIÊNCIA julga segundo a intuição;
COMUNHÃO – É adorar a Deus. A adoração só pode ser feita no espírito recriado do homem.
2 - “A Alma ou o coração do homem”
É representada aqui como sendo “A Luz da Lâmpada”. É na alma do homem que residem seus sentimentos (Afetos, Emoções, desejos, vontades).
Ainda existe no crente a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, comummente chamada de “obras da carne”.
Carne é sinónimo de “eu natural”, coração. No coração (sede dos sentimentos) estão inseridos desde a queda de Adão, propensões para o pecado que lutam contra a nova natureza vinda pela sua conversão em Cristo.
Esta nova natureza ou novo nascimento, se dá pelo espírito do homem recriado, regenerado, que vai fazendo com que a alma do homem se submeta ao senhorio de Jesus.

Há uma gradual santificação, por uma voluntária aceitação da Verdade de Deus e esta alma vai absorvendo a luz e a glória de Deus através do Espírito Santo em nosso espírito – automaticamente, aquele mal vai esvaziando.

Não devemos confiar em nosso coração, mas devemos nos orientar em todas as áreas da vida usando a Palavra.

Estando o nosso coração submisso ao SENHOR, todas as coisas estarão sob controle até nas horas de dificuldade.

3 - “O Corpo do homem é representado pela parte Física da lâmpada”.
O corpo recebe um estímulo interno que é o da alma. Podemos dizer que o corpo é a ligação física em um estímulo invisível da alma. O corpo é o abrigo externo dela, por isso se o corpo estiver preso aos actos do velho homem, ele será a exteriorização física do pecado.
Temos um valor grandioso para Deus, senão Ele não teria entregue Seu Filho Jesus.
Nosso espírito, alma e corpo, são importantíssimos para Deus, tanto é que todas as nossas atitudes, sejam elas, de obediência, devoção, comportamentos e ações, estão sendo vistas mas nunca controladas.
“E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.” (Hb. 4.13).

Que Deus nos ajude através do Seu Espírito Santo a entender todas estas coisas. Amém.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sete Palavras Hebraicas que Significam Ouro

Para  expressar  o  ouro,  a  língua  hebraica  tem  sete  vocábulos,  cada  um  deles expressando  o  valor  e  a  doçura  da  Palavra  de  Deus,  ou  um  sentido  de  nosso testemunho e  de nossa  felicidade.
1.  Zahab,  brilhante,  coisa  que  brilha.  A  palavra  de  Deus  se  destaca  por  um brilho  que  tem  o  poder  de  despertar  o  pecador.  O  brilho  também  é  o  testemunho do crente.”  Assim  brilhe a vossa  luz  diante  dos  homens"  (Mt 5.16). Esta  palavra  "zahab"  é  a  que  vem  mais  vezes  no  Antigo  Testamento. Aparece  oito  vezes  em  Gênesis,  mais  de  oitenta  em  Êxodo,  e,  em  todo  o  Antigo Testamento,  mais de  trezentas.
2.  Paz,  ouro  refinado  (nada  tem  com”paz''  em  nossa  língua,  essa  no  hebraico é  "shalom").  Expressa  a  pureza  de  Jesus  Cristo.  "Ele  não  conheceu  pecado"  (2Co 5.21).  "Nele  não  há  pecado"  (1Jo  3.5).  "As  palavras  de Deus  são"  mais  desejáveis  do que  o  ouro  ("zahab",  brilhante),  sim,  mais  desejáveis  do  que  o  ouro  fino  (paz,  ouro refinado)  (Sl  19.10).
3.  Betser,  ouro  bruto  que  precisa  ser  beneficiado  (Jó  22.23-25).  Se  a  palavra  de Deus  permanece  em  nós,  somos  aprovados  e  enriquecidos  com  as  bênçãos espirituais  (Jo  15.5-7  e  11).  Fruto  abundante  e  gozo  completo  que  vem  da  união  a Jesus  Cristo.
4.  Carutz,  ouro  cortado  em  pedaços  ou  provado  (Jó  23.10  e  Pv  17.3).  Aplica-se  à provação  de  Deus  para  nos  aperfeiçoar.  Referências:  Romanos  5.3-5;  Tiago  1.2-4;  1 Pedro 1.6,7.
5.  Que-tem,  cortado  em,  gravado,  marcado.  Em  relação  ao  ouro,  quer  dizer que é  verdadeiro  ou  garantido porque  tem  o  sinal ou  a  marca estampada. Em  Jó  28.16  diz  o  texto  que  o  valor  da  sabedoria  é  superior  ao  ouro  de  Ofir. “Seu  valor  não  se  pode  avaliar  pelo  ouro  de  Ofir''.  Esta  palavra  “que-tem''  está também  em  Salmos  45.9;  Provérbios  25.12;  Cantares  5.11;  Isaías  13.12. Como  título  de  alguns  Salmos,  esta  palavra  é  usada  com  um  prefixo  e  na forma  verbal:  “Miq-tam”  O  sentido  ali  é  um  escrito  ou  uma  gravação.  Ex.:  Salmos 56,57,58,59,60.  São  escritos  de Davi  acerca do Filho de Davi e  Senhor  de Davi.
6.  S'gor,  do  verbo  sa-gar,  completar,  cobrir,  terminar.  "S'gor"  é  sólido,  completo, terminado.  Em  1  Reis  6.20b: "...cobriu-o também  de  ouro  o altar de cedro". Em  Jó 28.15a  "Não se dá  por  ela  [a  sabedoria] ouro fino...” A  lição  aqui  é:  a  sabedoria  de  Deus  é  completa,  nada  se  pode  acrescentar  às suas  palavras.
7.  D'hav,  é  uma  palavra  da  língua  caldaica,  só  aparece  nos  livros  de  Daniel e de Esdras  e  tem  o  mesmo  valor  de  “Zahab”que acima está,  no n-1.
Autor Severino Pedro

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Marcos (Profundo)

Quanto ao autor do Evangelho de Marcos Duas  coisas  nos  chamam  a atenção: A  primeira  é  a  identidade  de  Marcos  descrita  nas  Escrituras.  O  nome  completo  do  autor  desse  evangelho  é  João  Marcos,  sendo  que  João  é seu nome  hebraico  e Marcos  seu nome romano. Temos  várias  informações  importantes  sobre esse  personagem  nas  Escrituras: Em  primeiro  lugar,  Marcos  era  filho  de  Maria,  uma  cristã  que  hospedava  cristãos  em  sua  casa  (At  12.12).  Isso  significa  que  João  Marcos procedia  de uma família  aquinhoada de bens  materiais  e tinha familiaridade  com  a igreja,  desde  sua juventude. Em  segundo  lugar,  Marcos  participou  da  primeira  viagem  missionária  de  Paulo  e  Barnabé  (At  12.25).  Ele  saiu  de  Jerusalém  com  Paulo  e Barnabé  e  foi  morar  em  Antioquia  da  Síria,  de  onde  saiu  com  eles  para  a  primeira  viagem  missionária  na  região  da  Galácia.  João  Marcos  era  um auxiliar  hypẽrtẽs  de Barnabé e  Saulo nessa  primeira viagem  missionária  (At  13.5). Em terceiro  lugar,  Marcos  desistiu  da  primeira  viagem  missionária  no  meio  do  caminho  (At  13.13).  Não  sabemos  precisamente  as  razões  que levaram  Marcos  a  desertar  dessa  viagem.  Elencamos  três  sugestões:  Paulo  decidiu  largar  a  região  costeira  e  ir  para  o  interior,  onde  os  perigos eram  imensos;  Paulo  passou  a  ocupar  a  liderança  da  viagem,  até  então  ocupada  por  Barnabé;  a  insegurança  característica  de  sua  própria juventude e inexperiência. Em  quarto  lugar,  Marcos  é  rejeitado  por  Paulo  na  segunda  viagem  missionária  (At  15.37-40).  A  rejeição  de  Paulo  ao  ingresso  do  jovem Marcos  na  segunda  viagem  missionária  teve  repercussões  profundas  na  agenda  missionária  da  Igreja  e  no  relacionamento  dos  dois  grandes líderes  Paulo  e  Barnabé.  Houve tal  desavença  entre  eles,  que  Barnabé  deixou  Paulo  e  partiu  para  uma  nova frente missionária,  levando  consigo  a Marcos  para  Chipre, sua terra natal. Em quinto  lugar,  Marcos  era  primo  de  Barnabé  (Cl  4.10).  Esse  fato  revela  que  a  família  de  Marcos  era  abastada.  Sua  mãe  tinha  uma  casa  que servia  de  lugar  de  encontro  da  Igreja  primitiva  e  Barnabé  era  homem  de  posses  (At  4.37).  Isso  também  lança  uma  luz  sobre  o  fato  de  que Barnabé,  além  de  sua  característica  de  consolador,  não  desamparou  a  Marcos,  quando  este  foi  barrado  por  Paulo  no  seu  intento  de  participar  da segunda  viagem  missionária. Em  sexto  lugar,  Marcos  esteve  preso  com  Paulo  em  Roma  (Cl  4.10).  Marcos  tornou-se  um  grande  líder  cristão  do  século  1.  Jerônimo  disse que ele foi  ao Egito e ali  plantou a  igreja de Alexandria.7  Agora,  ele está  preso  em  Roma, com  Paulo, durante a sua  primeira prisão. Em  sétimo  lugar,  Marcos  tornou-se  um  cooperador  de  Paulo  (Fm  24).  A  Carta  a  Filemom  foi  escrita  no  interregno  entre  a  primeira  e  a segunda  prisão  de Paulo em  Roma. Paulo destaca  que  nesse  tempo Marcos  era seu cooperador. Em  oitavo  lugar,  Marcos  foi  chamado  por  Paulo  para  assisti-lo  no  final  da  sua  vida  (2Tm  4.11).  Marcos  estava  em  Éfeso  quando  Paulo  foi preso  pela  segunda  vez.  Agora,  Paulo  está  num  calabouço  romano,  aguardando  o  seu  martírio.  Paulo  reconhece  que  o  mesmo  jovem  que  ele dispensara  no  passado  agora  lhe  é  útil  e  deseja  tê-lo  como  seu  cooperador  no  momento  final  da  sua  vida.  Isso  nos  prova  a  mudança  de  conduta de Paulo bem  como sua  mudança de conceito  acerca de Marcos.
Em  nono  lugar,  Marcos  era  considerado  um  filho  de  Pedro  na  fé  (1Pe  5.13).  Marcos  teve  um  estreito  relacionamento  com  Pedro.  O  apóstolo o  chama  “meu  filho”.  Possivelmente  o  próprio  Pedro  o  tenha  levado  a  Cristo  e  seja  seu  pai  na  fé.  Quando  Pedro  foi  solto  da  prisão,  foi  para  a casa  de Maria, mãe  de Marcos,  onde a igreja  estava  reunida. Em  décimo  lugar,  Marcos  é  apontado  pela  maioria  dos  estudiosos  como  o  jovem  que  se  vestiu  com  um  lençol  para  ver  Jesus  (Mc  14.51,52). Nesse  tempo  esse  jovem  era  apenas  um  seguidor  casual  de  Cristo.  Era  apenas  um  espectador  curioso  que  queria  acompanhar  o  desenrolar  da prisão  do  rabi  da  Galiléia,  mas  estava  inadequadamente  vestido  no  meio  da  multidão.  Ao  ser  agarrado  pela  soldadesca  que  prendia  a  Jesus,  fugiu desnudo. A segunda  coisa  que  nos  chama  a  atenção  é  que  Marcos  é  considerado  o  autor  do  Evangelho  que  leva  o  seu  nome.  Embora  Marcos  não  tenha sido  um  discípulo  de  Cristo,  seguramente  presenciou  muitos  fatos  da  sua  vida,  visto  que  morava  em  Jerusalém  e  sua  casa  tornou-se  um  ponto  de encontro da igreja. Os  pais  da  Igreja,  unanimemente  aceitaram  a  autoria  de  Marcos  deste  evangelho.8  Papias,  um  dos  pais  da  Igreja  do  começo  do  século  2, afirma  que  o  evangelho  de  Marcos  é  a  compilação  do  testemunho  pessoal  de  Pedro  acerca  da  vida  e  ministério  de  Cristo.  Marcos  não  foi discípulo  de  Cristo,  mas  de  Pedro.  De  acordo  com  Papias,  Marcos  foi  o  hermẽneutẽs  (intérprete)  de  Pedro.9  William  Hendriksen  diz  que  não temos  nenhuma  razão  para  rejeitar  a  tradição  de  que  Marcos  foi,  essencialmente,  o  “intérprete”  de  Pedro,  pois  o  conteúdo  do  livro  confirma  essa conclusão.10  Esse  relato  de  Papias,  que  aparece  em  uma  obra  de  Eusébio,  bispo  de  Cesaréia,  autor  da  primeira  grande  História  da  Igreja,11  no século  4, é o mais  antigo registro da autoria de Marcos, Marcos,  que  foi  o  intérprete  de  Pedro,  escreveu  acuradamente  tudo  o  que  ele  relembrou,  tanto  sobre  o  que  Cristo  disse  quanto  o  que  Cristo  fez, porém  não  em  ordem.  Embora  Marcos  não  tenha  ouvido  nem  acompanhado  o  Senhor,  mais  tarde  acompanhou  Pedro,  de  quem  recebeu  todas  as informações,  de  tal  maneira  que  ele  não  cometeu  nenhum  engano  em  seu  relato,  não  omitindo  nada  do  que  ouviu  nem  acrescentando  qualquer falsa  afirmação  acerca do que recebeu.12 Outros  pais  da  Igreja,  incluindo  Justino,  o  mártir,  Tertuliano,  Clemente  de  Alexandria,  Orígenes  e  Eusébio,  confirmam  Marcos  como  o  autor desse  evangelho.13  Também  associam  o evangelho  de  Marcos  com  o testemunho  do  apóstolo  Pedro.14  Irineu,  outro pai  da Igreja,  afirma:  “Depois da  morte  de  Pedro  e  Paulo,  também  Marcos,  discípulo  e  intérprete  de  Pedro,  nos  legou  por  escrito  as  coisas  que  foram  pregadas  por  Pedro”.15 Marcos  é  o  mais  aramaico  dos  evangelhos,  o  que  evidencia  ser  um  relato  da  palavra  falada  de  Pedro.  O  esboço  desse  evangelho,  ainda  está afinado  com  o conteúdo do evangelho pregado por  Pedro na  casa  de Cornélio (At  10).16 A data e o local  em  que o evangelho foi  escrito Robert  Gundry  afirma  que  Marcos  foi  o  primeiro  evangelho  a  ser  escrito.17  Não  existe  um  consenso  unânime  acerca  da  data  da  sua  redação; entretanto,  ele  deve  ter  sido  escrito  entre  55 e  70  d.C, ou  seja,  antes  da  destruição  de  Jerusalém  no  ano 70  d.C.,  uma vez  que  ele  não faz  qualquer menção  desse  fato  predito  por  Jesus  (13.1-23).  Jerusalém  foi  destruída  pelo  exército  romano  sob  a  liderança  de  Tito,  depois  de  143  dias  de cerco. Durante essa  batalha, seiscentos  mil  judeus  foram  mortos  e milhares  levados  cativos. 

Hernandes Dias Lopes

domingo, 5 de abril de 2015

"FUNDO DE UMA AGULHA" (Interpretação)

 "A expressão de Mateus 19.24 'fundo duma agulha' ou 'buraco duma agulha' é literal ou simbólica?" O contexto desse passo bíblico trata de um jovem rico que amava tanto as suas riquezas que elas lhe serviam de impedimento. A mensagem é clara. Os indivíduos de mentalidade materialista que consomem a vida procurando adquirir bens materiais, só encontram satisfação nas riquezas ou na busca delas; e somente em casos raríssimos é que chegam a se importarem com as questões espirituais para encontrar a vida eterna. Porém, seria um erro aplicarmos o texto somente aos ricos, porquanto o materialismo tem realizado a sua devastação moral até mesmo entre os pobres. Ao falar sobre a impossibilidade desse tipo de pessoas entrarem no reino de Deus, Jesus pregou a ilustração que é a impossibilidade de um "camelo passar pelo buraco de uma agulha". Alguns têm imaginado que o buraco de agulha referido fosse uma portinhola, no muro de Jerusalém, através do qual pudesse passar finalmente um camelo, depois de muitos puxões e empurrões; outros admitem que a expressão camelo, que no grego representa uma pequena modificação de "Kamelos" para "Kamilos", trata de uma corda grossa ou um cabo, mas isso só diminuiu a impossibilidade do ato. Todavia, o grego de Mateus 19.24 e de Marcos 10.25 fala de uma agulha usada com linha, enquanto que o de Lucas 18.25 usa o termo médico que indicava uma agulha usada nas operações cirúrgicas. É evidente que ali não é considerada nenhuma portinhola, mas sim, o pequenino buraco de uma agulha de costura. Provavelmente era um provérbio incomum para ilustrar coisas impossíveis. O Talmude fala por duas vezes de um elefante para o qual é impossível passar pelo buraco de uma agulha. Por conseguinte, quem quer que ame as riquezas, a ponto de isso impedi-lo de confiar em Jesus Cristo como Salvador, está na impossibilidade de ser salvo. Em resposta à pergunta feita pelos discípulos: "Então quem pode ser salvo?" Jesus respondeu: "Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus", Lc 18.27. Nessa frase, as palavras "dos" e "para" são uma só no original, cujo sentido literal é "ao lado". Tome-se o lado do homem, na questão das riquezas, e torna-se-á impossível a salvação. Porém,-tome-se o lado de Deus sobre a questão e a impossibilidade anterior se transformará em possibilidade.

terça-feira, 10 de março de 2015

"MALAQUIAS 3.10" (Interpretação)

Malaquias 3:8-12: Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos?Nos dízimos e nas ofertas. 9 Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. 10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. 11 E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. 12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.

Examinemos esta passagem verso por verso, para que dela possamos extrair algumas importantes verdades.

3:8 Este verso nos diz que quando um homem retém seus dízimos ele está roubando, na realidade, a Deus. Isto porque ele está retendo algo que não lhe pertence, antes é propriedade de Deus. 
[4]  Sob o Velho Pacto, o dízimo era mandatório, portanto retê-lo era se tornar um ladrão. Note também que Deus diz que o povo o estava roubando em dízimoS. Ele não disse no "dízimo", mas sim nos "dízimoS" (plural). Estes "dízimos"  têm que se referir aos diferentes dízimos requeridos do povo de Deus (o Dízimo para o Levita, o Dízimo para as Festas ao Senhor, e o Dízimo para os Pobres). Adicionalmente, observe que Deus não está condenando o reter apenas dos dízimos, mas também das ofertas. Estas, sem dúvida, referem-se às ofertas especificadas em Levíticos 1-5, tais como a oferta queimada [holocausto], a oferta dos manjares, a oferta de paz, a oferta pelos pecados, e a oferta pelas culpas. Todas estas ofertas eram constituídas, principalmente, de sacrifícios de animais. O suprimento de comida e mantimento para os Levitas era provido, em grande parte, através destes sacrifícios de animais, dos quais os Levitas eram permitidos participar [comendo-os], em certos casos. Uma importante pergunta emerge a este ponto. Por que é que reconhecemos que o sacrifício de animais não é coisa para o Novo Pacto, mas dizemos que o dízimo o é? Se estivéssemos sob a obrigação de pagar dízimos hoje, então, certamente, ainda estaríamos obrigados a oferecer sacrifícios de animais. Deus amarrou um ao outro (os dízimos e os sacrifícios), e disse que Seu povo O estava roubando por reter a ambos. Não podemos decidir "pegar e escolher" qual dos dois ofereceremos a Deus, hoje. Das duas uma: [a] estamos sob a obrigação de oferecer ambos, tanto dízimos como ofertas de animais (sacrifícios), ou [b] ambos [dízimo e sacrifício] têm sido abolidos pela ab-rogação da Lei Mosaica.
 
3:9 Aqui, somos ditos que, como o povo de Israel estava retendo os dízimos e ofertas, conseqüentemente estava amaldiçoado com uma maldição. Note que o verso não diz "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda a humanidade." Ao contrário, diz "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação." Se dizimar fosse um mandamento moral e eterno para todos os povos de todos os tempos, então todos estes estariam sob maldição. Mas nosso texto somente diz que é toda nação de Israel que estava sob a maldição. Agora, o que é interessante sobre esta "maldição" é que, em Deuteronômio 28, somos ditos que se Israel, sob a Lei Judaica, desobedecesse os mandamentos de Deus, então a nação seria amaldiçoada. Note os seguintes textos: Deuteronômio 28:18"Maldito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e as crias das tuas vacas, e das tuas ovelhas. 23 E os teus céus, que estão sobre a cabeça, serão de bronze; e a terra que está debaixo de ti, será de ferro. 24 O SENHOR dará por chuva sobre a tua terra, pó e poeira; dos céus descerá sobre ti, até que pereças. 38 Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o gafanhoto a consumirá. 39 Plantarás vinhas, e cultivarás; porém não beberás vinho, nem colherás as uvas; porque o bicho as colherá. 40 Em todos os termos terás oliveiras; porém não te ungirás com azeite; porque a azeitona cairá da tua oliveira. E todas estas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído; porquanto não ouviste à voz do SENHOR teu Deus, para guardares os seus mandamentos, e os seus estatutos, que te tem ordenado;" (Dt 28:18, 23-24, 38-40, 45). Nestes versos, Deus adverte que, se o Seu povo desobedecesse Seus mandamentos e estatutos, então as ceifas dele falhariam, as chuvas não viriam, as colheitas seriam pequenas, a locusta [tipo de grilos ou gafanhotos] consumiria a comida, e o fruto das árvores falharia.

3:10
 Nesta passagem, Deus fala da "casa do tesouro". Com base em Neemias 12:44, sabemos que isto se refere às câmaras no Templo, postas à parte e designadas para guardar os dízimos dados pelo povo para o sustento dos sacerdotes [e a todos os demais levitas]. Não existe sequer um fiapo de evidência de que devemos associar estas "casas do tesouro"  aos prédios das igrejas para os quais os crentes do Novo Pacto devem trazer seus dinheiros. Ademais, a razão pela qual Israel devia trazer todos os dízimos para dentro da casa do tesouro era que houvesse [bastante] alimento na casa de Deus. Deus estava interessado em que os levitas tivessem comida para comer. Este era o propósito daqueles dízimos que eram trazidos para o Templo de Deus. Somos ditos, também, que se o povo de Deus fosse fiel em trazer seus dízimos para a casa do tesouro, Deus abriria as janelas do céu e derramaria para eles uma bênção até que transbordasse. Isto sem dúvidas refere-se à promessa de Deus de trazer abundantes chuvas para produzir a bênção de uma transbordante ceifa.

3:11
 Neste verso, Deus promete que se Israel trouxer os dízimoS [e as ofertaS], Ele repreenderá o devorador para que não destrua o fruto da terra. Sem dúvidas, o "devorador" é uma referência às locustas que Deus adverte que virão sobre os campos de Israel se o povo falhar em trazer o dízimo (Dt 28:38; vide acima). 

3:12
 Neste verso, Deus graciosamente promete que, se Israel for obediente no dar os seus dízimoS e ofertaS, todas as nações a chamarão abençoada. É interessante que Deus não apenas advertiu Israel de que seria amaldiçoada se desobedecesse a Lei Mosaica, mas também prometeu que seria abençoada se a obedecesse. Note estes textos, "1 ¶ E será que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. 2 E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus; (Dt 28:1-2). 4 Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais; e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. 8 O SENHOR mandará que a bênção [esteja] contigo nos teus celeiros, e em tudo o que puseres a tua mão; e te abençoará na terra que te der o SENHOR teu Deus. 11 E o SENHOR te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, e no fruto dos teus animais, e no fruto do teu solo, sobre a terra que o SENHOR jurou a teus pais te dar. 12 O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado." (Dt 28:1-2, 4, 8, 11-12). Aqui, Deus prometeu abençoar Israel materialmente, se ela fosse obediente. A promessa inclui abundantes colheitas, copiosas chuvas, e grandes aumentos nas manadas e nos rebanhos.


Portanto, é minha convicção que as bênçãos e maldições escritas em Malaquias 3:8-12 referem-se às bênçãos materiais que Deus prometeu a Israel, se ela obedecesse seus mandamentos e estatutos. Dizimar foi um destes mandamentos.

Portanto, que podemos concluir sobre o dízimo, sob a Lei Mosaica? Penso que, com segurança, podemos concluir que o dízimo não tinha nada a ver com o dar dinheiro regularmente, numa base semanal ou mensal, mas, ao contrário, tinha a ver com a adoração a Deus conforme ordenada no tempo do Velho Pacto. O mandamento para dizimar, tal como os mandamentos para não comer camarão nem ostras, tornou-se obsoleto e foi colocado de lado, pela inauguração do Novo Pacto, na morte de Cristo. O dízimo foi o sistema de impostos e taxas ordenado por Deus sob o sistema teocrático do Velho Testamento.

Se alguém deseja dizimar realmente [literalmente] de acordo com as Escrituras, teria que fazer o seguinte:
1) Deixar seu trabalho e comprar uma terrinha, de modo que possa criar seu gado e plantar e colher [grãos, verduras e frutas].
2) Encontrar algum descendente de Leví, para sustentá-lo [e este a um descendente do levita Arão (que realmente seja sacerdote, no Templo, em Jerusalém)].
3) Usar suas colheitas para observar as festas religiosos do Velho Testamento (tais como Páscoa, Pães Asmos, Pentecostes, Tabernáculos) [quando, como e onde Deus ordenou. Literalmente];
4) Começar por dar pelo menos 20 por cento de todas as suas colheitas e rebanhos a Deus; e
5) Esperar que [com toda certeza] Deus amaldiçoe sua nação [em oposição ao próprio crente] com [grande] insuficiência material, se ela for infiel, ou a abençoe com [grande] abundância material, se for fiel.

Penso que todos nós concluiríamos que isto é completamente absurdo! Todos reconhecemos que Cristo tem abolido o sacerdócio levítico, os sacrifícios de animais, e as festas religiosas, em Cristo. Bem, se isto é verdade, por que estamos tentando segurar [i.é  manter] o dízimo, que foi parte e parcela de todas essas ordenanças do Velho Testamento?

(Com esta interpretação deixo bem claro, que meu intuito não é que você membro de uma igreja, deixe de dar seu dízimo em sua igreja pois certamente, sua congregação precisa de sua ajuda na obra de Deus, meu intuito com esse post é que saiba oque realmente Ml.3.10 quer dizer, pois muito já ouvi acerca desse texto mas ninguém nos interpreta nas igrejas com medo de perder seus dizimistas, dizem que esse ato é obrigatório e é atribuído até na perca da sua salvação, sendo que não, mas sim um ato voluntário e de fé de cada um)