sábado, 2 de abril de 2016

Quem era a mãe de Davi ? (Profundo)

A origem de tudo.

Lendo o texto de 2 Samuel 17:25:“E Absalão colocou Amasa (“fardo”) à frente de seu exército, no lugar de Joabe. E Amasa era filho de um homem chamado Itra (“abundância”), israelita, que se chegou a Abigail, filha de Naás (“serpente”), irmã de Zeruia, mãe de Joabe” (2 Sm 19:13; 20:9‐12). O destino de Amasa está sendo confirmado. Aqui, chegamos a conhecer quem era a mãe de Davi: Naás. Davi tinha duas irmãs: Abigail e Zeruia. Abigail foi mãe de Amasa e Joabe era filho de Zeruia, uma mulher de caráter forte, grande influenciadora de seus tres filhos: Abisai, Joabe e Asael (1 Cr 2:16). Davi suportava os filhos de sua irmã Zeruia, pois eram um mal necessário. Embora fossem seus sobrinhos, Davi não os considerava parentes (2 Sm 19:22).Mas Davi amava o filho de sua irmã Abigail (2 Sm 19:13), e a ambos, mãe e filho, considerava de fato seus parentes sanguíneos: carne da mesma carne e osso dos seus ossos. Sabemos, pelo texto abaixo que Naás era mãe de Davi, e Zeruia e Abigail suas irmãs por parte de mãe. Davi, com isso, era filho de Jessé com Naás.Esta era a razão pela qual Davi vivia isolado com a sua mãe em uma pequena tenda no campo, onde: (1) Era considerado vil (Sl 69:19) e como pastor de umas poucas ovelhas, foi acusado indiretamente de fracassado por seu irmão mais velho (1 Sm 17:28). (2) Seus irmãos o abandonaram no lodo (Sl 69:2). (3) Foi deixado no deserto, desesperado (Sl 69:3). (4) Foi odiado sem razão muitas vezes (Sl 69:4). (5) Seus irmãos eram seus inimigos gratuitamente (Sl 69:4c). (6) Vivia sob grande afronta e vergonha por causa da situação civil de sua mãe (Sl 69:19; Sl 51:5). Mas sua mãe era uma mulher forte e o ensinou a vencer os desafios da vida. (7) Era considerado estrangeiro por seus irmãos (Sl 69:8). (8) Sua pequena família amava o culto e a casa de Deus (Sl 69:9). (9) Passou fome (Sl 69:10). (10) Era objeto de escárnio de seus irmãos (Sl 69:11). Um de seus irmãos era o principal autor desses escárnios; por isso o tal perdeu o seu lugar na lista dos filhos de Jessé e o seu nome foi borrado e Davi tomou o seu lugar, conforme a profecia dita a Rute, mas que se cumpriu em Davi (Sl 69:28; Rt 4:14,15): “…Melhor do que sete filhos”, era o oitavo filho de Jessé (1 Sm 16:6‐10; 1 Cr 2:15). (11) Era motivo de fofocas (Sl 69:13) e tema das canções dos bêbados. (12) Sabia qual era a sua grande afronta, por ser um filho ilegítimo (Sl 51:5; Sl 69:19). (13) Era odiado pelos seus irmãos, que zombavam dele (Sl 69:21). (14) Chamado de presunçoso, maldoso e bisbilhoteiro (1 Sm 17:28). (15) Era acusado sem saber porquê (1 Sm 17:29).

Por que Davi era tão odiado?

Seu pai, Obede, tendo considerado toda a trajetória da sua família, percebendo a iniqüidade em que todos estavam envolvidos, considerando a promessa da Semente da mulher (Gn 3:15), entendeu que nenhum de seus filhos poderia ser um instrumento para a descendência do Messias. Sendo de Belém de Judá, crente nas profecias, sentia o encargo e o peso da sua responsabilidade presente. Lembre‐se de que Satanás vem trabalhando pessoalmente para destruir a semente da mulher (Ap 12:4). Ele investiu contra todos os primogênitos, contra todos os filhos varões de Israel no Egito, mas cometeu um erro grave: deixou vivas as mulheres (Gn 3:15). Ele raramente se importava com elas. Atacava os varões e deixava livres as mulheres, e nelas residia o segredo! Nos dias de Jessé, ele resolveu mudar de tática: investiu em Naás. Seu nome significa “serpente”. Morava ali, na casa de Jessé.Era um serva, provavelmente, cananéia, logo, fora do pacto (Lv 25:55). Então, dali veio o ataque da “serpente”. Em meio a tantos problemas relacionados à fornicação e pecados de ordem sexual, sob o poder da iniqüidade que reinava naquela semente, Davi nasceu como fruto de uma relação conjugal contratada, como aconteceu com Léia e Raquel (Gn 30:12‐16), Sara e Agar (Gn 16:2). Naás, ficou grávida de Davi da mesma forma como Léia ficou de Issacar. A tradição judaica diz que Naás era uma das servas de Jessé, assim como Bila e outras eram servas de Jacó. O acontecimento causou tanta dor e agonia em todos, que Jessé acabou providenciando uma pequena tenda à parte no campo, onde, com alguns animais e poucas ovelhas, aquela pequena família viveu. Uma outra Léia levantou‐se, mas em Belém de Judá, Naás. Depois, nasceram outras duas filhas: Zeruia e Abigail, as quais serão mães dos maiores generais da história de Israel: Amasa, Joabe, Abisai e Asael, todos sobrinhos de Davi (2 Sm 17:25).

A aparência de Davi coma sua mãe revoltava os seus sete irmãos, que zombavam dele constantemente, fazendo‐lhe maldades das mais cruéis, desejando a sua morte a ponto de o abandonarem entre os ursos e os leões daquelas paragens; e também em charcos, em lamaçais e em aguaceiros. Dando‐lhe veneno. Sua vida foi cruel no meio de seus irmãos. Jessé o detinha ali, um pouco longe deles, mas era em vão. Naquela tenda pastoril, criado pela sua mãe, ele aprendeu a tocar harpa, a arte da guerra, a acertar alvos com pedras, a arte da funda, e os segredos da noite no meio de seu pequeno rebanho, atração dos leões ferozes da região. Ruivo como a sua mãe, de belo parecer, sisudo em palavras, valente, cheio de ânimo, varão de guerra e, acima de tudo, o Senhor era com ele (1 Sm 16:18).Por todas estas coisas maravilhosas inspirava inveja de todos os seus irmãos. Ele jamais havia comido na mesa da casa de seu pai. Jamais havia assentado‐se no meio de seus irmãos. Era uma utopia pensar que um dia seria diferente.

Dias antes do grande acontecimento, Saul estava agindo de maneira muito estranha. Sendo de Benjamin, teve a oportunidade de dar início ao Reino de Israel, segundo o mandato de Deus, para justificar a entrada definitiva de Judá, por causa de seu fracasso. Isto é, Benjamin poderia alegar que jamais teve a oportunidade. Deus sabe o que faz. Com o fracasso de Benjamin, Judá estava livre para entrar. Com a desobediência de Saul, Deus manda Samuel sacrificar em Belém e, para não perder viagem, de uma vez ungir o próximo rei de Israel, sendo que o tal deveria ser da casa de Jessé. Quando Samuel chegou a Belém, procurou por Jessé. Não foi tão difícil chegar até ele. Como ancião em Belém, conhecidíssimo líder de sua cidade, preocupou‐se juntamente com os seus colegas anciãos com o motivo da vinda do profeta àquela região. Algum pecado? Algo a revelar? Lembre‐se, que Davi era o segredo bem escondido de Jessé. Mas tudo aquilo que os homens mais escondem, torna‐se mais bem conhecido publicamente. Quando

A luz debaixo do alqueire

Jesus disse que uma luz não poderia ser escondida sob o alqueire, mas, sim, colocada no candeeiro, não se referia a algum pecado oculto, como parece, mas à luz, à revelação, a um sonho, a um propósito que os homens queiram esconder. Mas não será possível, pois a luz se revelará e deverá ser levantada. Quem tem revelação, quem tem vocação, quem tem ministério, não poderá ser escondido, nem que ele mesmo o queira.

Na presença de todos os anciãos de Belém, Samuel chega à casa do homem mais rico de Belém, o herdeiro de Boaz. Suas fazendas haviam crescido e o seu nome era considerado em toda a nação. Dias antes, Davi havia composto o mais lindo de seus salmos, em uma noite fria, contemplando umas das suas poucas ovelhas. Ao toque de sua pequena e velha harpa, ele dedilhava e cantava suavemente:“O Senhor é o meu Pastor e não me faltará” – lembrava de sua grande responsabilidade de alimentar aquelas ovelhas, e sabia que era uma ovelha do seu curral; “deitar‐me faz em verdes pastos” – ele considerava os melhores e prósperos lugares por onde deveria andar; “mansamente me guiará em águas tranqüilas. Refrigera a minha alma” – ele sabia da importância das águas límpidas das exigentes ovelhas que não bebem águas turvas nem contaminadas; “guia‐me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” – ele compreende o anelo de jamais pastorear aquelas ovelhas com o fruto de engano. “Ainda que eu andasse pelo vale da sobre da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo” – ele lembra‐se de todos os momentos em que ele e suas ovelhas estiveram em apuros diante das feras, dos penhascos, dos perigos, das tempestades sem jamais perecer; “a tua vara e o teu cajado me consolam” – ele traz à memória os momentos de disciplina pela vara e dos momentos de acolhimento pelo carinho da vara e do cajado. Mas, quando chegou a esta parte, ele não podia compreender bem:“Preparas uma mesa perante mim, na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda”. Ele parou para meditar nesta frase. Não sabia que era profética. Tentou elimina ‐la. Mas não lhe foi permitido.Então, continuou a cantar sob grande inspiração: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida” – e relembrava todos os favores de Deus e dos grandes livramentos que teve das feras, nas circunstâncias, das armadilhas de seus irmãos, do abandono e, especialmente, do urso e do leão. Sabia, então, que tudo era fruto de grande bondade e de grande misericórdia; “e habitarei na Casa do Senhor por longos dias” – esta era a sua crise; pois, como judeu de Belém, não era possível. Não era levita. “Será que algum dia se cumpriria, meu Deus?” (Sl 42, 43). Passou dias cantando e tocando aquela canção, até que, enfim, chegaram as carruagens de Samuel e de toda a sua equipe. A grande fazenda foi invadida pelos príncipes do povo e pelos magistrados. Samuel conversou a sós com Jessé, que consente em santificar os seus filhos. Jessé não rejeitou pagar os valores da santificação, como era comum (Lv 27:1‐12). Seus sete filhos foram santificados, menos Davi pois não tinha o estatus de filho. Ele não pode presenciar nenhum daqueles movimentos. Sacrifícios foram oferecidos, e a sua casa tornou‐se um tabernáculo. Ele daria tudo para ver tudo aquilo que foi negado aos seus olhos. As cozinheiras corriam, os servos preparavam a grande mesa. No seu aposento, Samuel preparou o chifre com azeite genuíno, especial para ungir o novo rei. Jessé saiu pelos quartos falando forte com todos os sete filhos, um por um: “Arrumem‐se! Hoje é um dia especial”.Mas, lá no campo, Davi, alimentava as ovelhas e sussurrava aquela parte da canção, indagando o que seria: “Preparas uma mesa perante mim, na presença de meus…”. Sem que ninguém tivesse conhecimento da intenção divina nem do profeta, Samuel, depois de santifica ‐los, os convida à festa que começa. Assim, Samuel inicia a cerimônia, chamando o primogênito de Jessé. Ele vem: alto, forte e de bela aparência. Samuel pensa ser aquele. Mas Deus o repreende e ordena‐lhe que veja mais fundo: no coração. Um por um, passaram todos os filhos: o belo, o forte, o corajoso, o intelectual, o zombador, o obediente, o desobediente, enfim, todos! Olhando ao coração, bem no interior do espírito, fato comum ao profeta, nenhum deles foi aprovado. Deus não escolheu nenhum deles. Samuel percebeu logo que algo estava errado. Como profeta, sabia que a família estava dividida. Mas não entrou em detalhes e perguntou: “Há mais algum mancebo?”.Não perguntou se havia filhos. Perguntou se havia mancebos, pois a sabedoria dizia que Davi não tinha estatus de filho. Jessé não esperava aquela pergunta. Mas respondeu: “O menor, ele está cuidando das ovelhas”. Samuel pediu que o trouxessem, pois não se assentariam à mesa até que ele chegasse ali. O menino ruivo que era valente não poderia ser escondido debaixo do “alqueire”; chegou a hora de sair do curral para o altar. Jessé consente e ordena que corram e o tragam! Rapidamente, a sua pequena tenda está cheia de gente. Davi é procurado; rapidamente o acharam e, de súbito, o banharam e trocaram a sua roupa por outras limpas. Sua mãe percebe tudo aquilo e começa a chorar. Não havia roupa especial para ele. Na sua concepção, ele jamais usaria uma roupa festiva. Então, vestido como um pastorzinho, o levaram. Na casa, Jessé rapidamente ordenara que colocassem mais um prato na mesa. Arredaram as cadeiras. Apertaram duas delas, um pouco mais. Os rapazes se entreolhavam, até que ele chegou rodeado de gente da fazenda. Jessé reclamava por causa de sua roupa. Samuel não se importou. Mas, enquanto o profeta pensava, Deus o despertou: “Eis aí o rei. Unge‐o!”. O azeite cairá sobre a sua cabeça, e levará vinte e oito anos para chegar às orlas de seus vestidos (Sl 133). Até lá, o azeite silenciosamente desceria competindo com o tempo do amadurecimento de sua personalidade. Rodeado por todos, Samuel dá o aviso que irá ungi‐lo. Toma o chifre e o ordena rei. O Espírito Santo se transfere do templo e do cálice. Uma poça de azeite fica no chão.As mulheres correm para limpá‐ lo, entre elas, a sua mãe que, no seu coração, jubila, dizendo que um dia seu filho seria honrado em Israel. Mas os seus irmãos não entendiam nada daquilo que viam. Eram meros soldados e jamais pensaram que seriam capitães sob o comando de seu irmão menor, o futuro rei. A seguir, eles assentaram‐se à mesa. Davi não sabia como comportar‐se ali. Lembrou dos pequenos avisos ameaçadores de mãe. Com as “asas” apertadas, seus irmãos o encaravam; ele baixava os olhos,mas por dentro dizia, cheio de gozo: “Preparas uma mesa perante mim, ma presença de meus angustiadores; unges a minha cabeça com óleo, e o meu coração dispara!” (Sl 118:22). Davi, o menino rejeitado, escondido dos olhos de todos, agora, torna‐se pedra fundamental de sua nação. A partir daqui, muitas situações adversas passaram sobre ele, mas a unção o ajudou a triunfar. Não somente triunfará sobre todas as dificuldades, como também registrará nos seus salmos, em suas preciosas orações, como confiar em Deus em meio a tamanhas circunstâncias adversas, a fim de consolar a todos aqueles que trilharem pelo mesmo caminho. Nos seus salmos, encontramos: (1) força que enfrenta corajosamente os seus adversários; (2) que mesmo tendo nascido sob circunstâncias moralmente vergonhosas, pela nossa vossa vocação podemos valorizar a nossa própria dignidade, abstendo‐nos dos pecados de nossos pais; (3) que podemos silenciosamente triunfar diante das mais graves dificuldades; (4) que podemos lutar bravamente como guerreiros de Deus que têm sobre si uma missão nacional; (5) que podemos confiar abertamente na justiça e na misericórdia daquele que nos chamou; (6) que jamais sucumbiremos sob os desafios de nossa vida se tivermos memoriais e exemplos a seguir; (7) que podemos ser consolados pelas palavras de alentos do Senhor; (8) que, dependendo de nossa fé e de nossa convicção, poderemos avançar sem medo. O senhor seja louvado! (DR. ALDERY NELSON ROCHA)
Bíblia Revelada Alfha.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Rapidez Angelical ( Angelologia)


"Estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente..." (Dn 9.21a). A arte medieval apegou-se à narrativa que está em foco, que descreve o anjo Gabriel "...voando rapidamente" como fundamento para a imposição de asas em todos os seres angélicos. É verdade que os querubins (Êx 25.20), os serafins (Is 6.2-6), Gabriel (Dn 9.21), o anjo dos dois ais (Ap 8.13) e o anjo do evangelho eterno (Ap 14.6) foram declarados como tendo asas. Os querubins aparecem nas imagens douradas sobre o propiciatório. E, assim, os serafins de Isaías tinha "seis asas" cada. Os anjos passam de um local para outro com uma rapidez inconcebível e retornam novamente como se não estivessem estado ali! Vejamos pois: Entre todas as criaturas que estão dentro dos limites de nossa visão, aquelas que possuem asas e voam, exemplificam as dotadas de maior velocidade. As Escrituras e conseqüentemente nossa própria imaginação, nos levam a entender que os anjos são seres velozes além da imaginação humana. Isto é, eles se movimentam dentro do campo da metafísica vão além das leis estabelecidas pela física. Em nossas dimensões, a capacidade da rapidez angelical é comparada à "rapidez de um relâmpago" (Mt 28.3); 300.000 km por segundo, mas na esfera celeste são rápidos como a imaginação. Observe o que diz o Senhor em Mateus 26.53: "Ou pensas [Pedro] tu que eu não  poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?" Observe agora! Que distância há entre o trono de Deus e o Jardim do Getsêmani? É inconcebível! Mas "doze legiões" poderiam chegar ali, numa fração de segundo. Isso indica também a idéia de "um momento" (1 Co 15.52). "Momento", em grego, é "átomos". É a única
 ocorrência desse termo, em todo o Novo Testamento. De acordo com o doutor R. N. Champlin, Ph. D., esse vocábulo era originalmente usado para denotar uma partícula indivisível, devido à sua pequenez. Literalmente, essa palavra significa "impossível de ser cortada", ou seja, incapaz de sofrer qualquer divisão. (2)Essa idéia o apóstolo Paulo procurou esclarecer ainda mais citando um "...piscar de olhos" (1 Co 15.52). O pensamento que deve ser destacado, em relação à velocidade angelical é que sua morada é o Céu, mas, mesmo assim, podiam chegar instantaneamente para defesa de seu Senhor. Isso indica velocidade, rapidez verdadeiramente inconcebível. Apenas cinco classes de anjos são apresentados na Bíblia como portando asas: Os querubins (Êx 25.20; 2 Co 5.7; Ez 1.6; Ap 4.8 e ss). Os serafins (Is 6.1-6). O anjo Gabriel (Dn 9.21). O anjo dos "dois ais" (Ap 8.13). O anjo do "evangelho eterno" (Ap 14.6).

sábado, 17 de outubro de 2015

Tricotomia Humana Entenda

"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. " 1Ts 5.23.

O ser humano é tripartido. Todo homem é espírito alma e corpo. O corpo é diferente da alma e a alma é diferente do espírito. ( diferente do Espírito Santo )
O homem é um espírito que tem uma alma e habita num corpo.

Corpo : Minha forma visível. Com ele me relaciono com o mundo exterior.( ex.: Os cinco sentidos, fala, audição, visão, olfato, tato. )
Alma : É tudo que o homem é. Sua personalidade. Seu ego. É o mundo dos pensamentos, sentimentos e decisões. A alma está entre o espírito e o corpo.
Pertence aos dois. Está ligada ao mundo espiritual através do espírito e ao mundo material através do corpo. Através da alma tenho consciência de mim mesmo.

Áreas da alma

Mente : Sede da alma, intelecto, pensamentos, raciocínios, memória.

Vontade : Instrumento para tomar decisões. Poder para escolher.

Emoções : Instrumento para expressar nossos sentimentos, gostos, simpatias, alegrias, tristezas, amor, ódio, etc.

O Termo alma representa o hebraico nephesh, que em muitas outras passagens se traduz por “vida” ou criatura.

Usa-se esse vocábulo a respeito dum ser vivo (Gn 17. 14; Nm 9.13, etc.); e dos animais, como criaturas (Gn 2.19, 9.15, etc.); e da alma como substancia distinta do corpo (Gn 35.18); da vida animal (Gn 2.7; note-se a aparente identificação com o sangue, Lv 17.14; e Dt 12.23); da alma como sede dos afectos, sensações e paixões, sendo susceptível de angústia (Gn 42.21), de aflição (Lv 16.29), de desanimo (Nm 21.5), de desejo (Dt 14.26), de aborrecimento (SI 107. 18); e sendo, também, capaz de comunicação com Deus.

Como vinda Dele (Ez 18.4). desejando-O (SI 42.1, Is 26.9), regozijando-se Nele (SI 35.9; Is 61.10), confiando Nele (Sl 57.1), adorando-O (SI 86.4, 104.1), mas pecando contra Deus e fazendo mal a si própria (Jr 44.7; Ez 18.4; Mq 6.7).

No N.T. é o termo “alma’ a tradução do grego “psyché”, que, como nephesh, é muitas vezes traduzido por “vida”.

Usa-se acerca do homem individual (At 2.41; Rm 13.1: 1 Pe 3.20); da vida animal sensitiva, com as suas paixões e desejos, distinguindo-se do Corpo (Mt 10.28). e do espírito (Lc 1.46; 1 Ts 5.23; Hb 4.12).
A alma é susceptível de perder-se (Mt 16.26); de ser salva (Hb 10.39; Tg 1.21); e de existir depois da separação do corpo (Mt 10.28; Ap 6.9; 20.4).
ESPIRITO
Espírito humano: Ponto de contacto com Deus. É através do meu espírito que tenho consciência de Deus e me relaciono com Ele. Deus é Espírito e só podemos perceber Deus no espírito. ( Ef 2:22 Jo 4:24 )

A palavra “espírito” no A.T. é, com duas excepções, uma tradução do termo hebraico ruach, que também tem a sua significação literal de “vento” (Gn 8.1, etc.), sendo em muitas passagens traduzido por “sopro”, com aplicação ao ar respirado (Jó 17.1; Is 2.22) e à frase “fôlego de vida” (Gn 6.17; 7.15; cp com Sl 104.29, e Ez 37.8).

Deste modo é naturalmente empregada a palavra acerca do principio vital, o principio da vida animal (anirna, psyché), quer se trate de homens ou de animais (“fôlego”, Ec 3.19); de homens (Gn 45.27; Nm 16.22; Jó 10.12; SI 104.29; Ec 12.7; Is 38.16; 57.16).
Noutras passagens refere-se ao principio espiritual ou à alma racional (anomus, pneuma).

Neste sentido é o espírito a sede das sensações e das emoções; ele é altivo (Pv 16.18), atribulado (1Sm 1,15), humilde (Pv 16.19); tornam-se nele subjectivas as graças divinas (Sl 51.10; Ez 11,19; 36.26).

No N.T., o espírito (pneuma ), como faculdade divinamente concedida, pela qual o homem pode pôr-se em comunhão com Deus, distingue-se do  próprio carácter natural (psyché); veja-se especialmente  1Co 2.10 a 16.

A Bíblia claramente faz supor a existência do espírito, separado do corpo depois da morte (Lc 24.37, 39; Hb 12.23 ).

Qual a Diferença entre "Alma" e "Espírito"?
"O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:23).
"Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hebreus 4:12).

Estes dois versículos mostram que a Bíblia às vezes distingue entre "alma" e "espírito".
A palavra portuguesa "alma" geralmente vem ou do hebraico "nephesh" ou do grego "psyche" e pode ser usada de várias maneiras.
Ela às vezes se refere à ideia de vida física e é frequentemente traduzida como "vida" (Mateus 6:25; 2:20; Filipenses 2:30).
Às vezes se refere à pessoa e é, assim, traduzida como "pessoa" (Atos 7:14; 1 Pedro 3:20).
Ocasionalmente, a palavra "alma" é usada para falar do "espírito" do homem, que não pode ser destruído, mas que pode sofrer castigo eterno e expulsão da presença de Deus.  (Mateus 10:28; 1 Pedro 1:22; Atos 2:27,31; Salmo 16:10).
"Alma" é raramente usada em referência a Deus.

O termo espírito faz ressaltar o aspecto espiritual do homem, ou do próprio Deus. Ele vem do hebraico "ruach" e do grego "pneuma".

Esta palavra pode ser usada para falar do aspecto racional, moral e espiritual do homem (1 Coríntios 2:11), mas não é usada para animais.

É também frequentemente usada para falar de Deus como um ser espiritual (1 Coríntios 3:16; 2 Coríntios 3:3).

Enquanto as palavras "alma" e "espírito" são às vezes intercambiáveis, é claro que muitas passagens fazem uma distinção.
"Alma" é associada mais comummente com a vida física, enquanto "espírito" se relaciona mais com a mente e o aspecto espiritual do homem.
A vida física é tirada do homem quando seu espírito é separado de seu corpo (Tiago 2:26; Eclesiastes 12:7).
Mas o espírito eterno que volta a Deus para ser julgado continuará a existir eternamente.
Pelos nossos actos nesta vida, cada um de nós escolhe para onde seu espírito irá na eternidade.
Ou sofremos o castigo eterno ou gozaremos a vida eterna (Mateus 25:46; 2 Tessalonicenses 1:9).
Decidimos nosso futuro eterno pelo que fazemos nos corpos que temos agora (2 Coríntios 5:10).

A alma se separa do espírito? Ou são inseparáveis?
Resposta
Segundo o ensino de Paulo em I Ts. 5:23, somos compostos de três partes: Corpo, alma e espírito. O que Significam esses três elementos?

CORPO
Parte material do homem.

ALMA   (CORAÇÃO)
Substância incorpórea, imaterial, invisível, criada por Deus à sua semelhança, fonte e motor de todos os actos humanos. É a parte imortal dos homens, em contraste ao corpo (Is.10:18, Ap.6:9, 20:4).

ESPIRITO  (RAZÃO)
O espírito é a parte do homem que inclui a razão, a vontade e a consciência, que é imortal.

Na Criação do homem, pode-se ver a formação e constituição dessa “tri-unidade”: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra (corpo), e soprou em seus narizes o fôlego de vida (espírito) e o homem foi feito (alma) vivente (Gen.2:7).
Parece-nos que alma e espírito estão tão intrinsecamente ligados que são inseparáveis.

Muitas vezes parecem se confundir os dois, como por exemplo: Em Ec.12:7, é o espírito que volta a Deus no momento da morte, já em Ap.6:9, é a alma.
Em Mat.10:28, a parte que morre é a alma, já em Tiago 2:26 é o espírito.
Resumindo, se a alma é a sede e o centro da vida humana, e o espírito é o intelecto, dá-nos a impressão que são inseparáveis, pois na eternidade nossa alma viverá, e estaremos bem conscientes (espírito).

O Homem comparado ao Tabernáculo de Deus
I Cor. 3:16
"Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?"
O tabernáculo assim como o Templo eram compostos ou formados de 3 partes.
Cada uma delas pode ser comparada às partes que formam o homem já salvo.
O Átrio:  A parte que circundava, representa o nosso corpo.

Lugar Santo: onde se acendia a Lâmpada, representa a alma.

Santo dos Santos: Onde Deus habitava e manifestava Sua presença, representa o espírito.

CRIAÇÃO E QUEDA DO HOMEM
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança.

O criou para ter comunhão com ele. Adão antes da queda era um homem perfeito e usava todo seu potencial da alma, mas era governado pelo espírito.

O Homem foi criado à semelhança de Deus. Tinha comunhão com Deus em espírito que governava sua alma , que por sua vez governava o corpo.
O homem era um ser governado pelo espírito.
Após a queda o espírito do homem morreu para Deus e o homem perdeu a comunhão com Ele.
O homem passou a ser governado pela sua alma.
OS 3 PASSOS (FASES) PARA A SALVAÇÃO
1) Justificação do espírito.
Livra-me da culpa do pecado. É o inicio da caminhada.
Quando o homem caiu (escolheu fazer a própria vontade ao invés da vontade de Deus), ele morreu espiritualmente.
O homem ficou então incapaz de ter comunhão com Deus por causa da culpa do pecado. Gn 3:7-10

O problema da culpa só tem duas soluções : É paga ou perdoada.
O homem por si só não pode justificar-se diante de Deus e remir sua culpa.
Deus é perfeitamente santo, puro, justo e qualquer erro, por menor que seja, qualquer pensamento impuro, qualquer deslize , para ele é uma ofensa terrível
Mas pela sua misericórdia e amor Ele enviou Jesus, que foi perfeito, puro, justo, santo, não cometeu nenhum pecado e por isso foi oferecido como sacrifício pelos nossos pecados, nos perdoando e livrando de toda culpa.
Podemos agora Ter comunhão com Deus livremente.

Aqui começa o drama do homem, ou ele aceita o perdão de Deus através de Jesus Cristo, ou ele vai tentar achar alguma forma de remir esse sentimento.

( religiosidade, obras, auto-punição )
Religião => forma do homem tentar aplacar a ira de Deus.

Recebemos o perdão pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo.
Mas muitas pessoas não aceitam ser salvas sem que tenham que fazer algo.
A graça de Deus é uma afronta ao  orgulho do homem.
O novo nascimento, a obra de Jesus por nós , vivifica o nosso espírito e podemos novamente ter comunhão com Deus. Ef 2:1 Jo 1:12-13

2) Santificação da alma.
Cura das lembranças e emoções, vontade ajustada com a vontade de Deus. Imprime em nós o carácter de Cristo ( caminhar por fé e não por sentimentos ).
Deus cura nosso espírito nos dá tudo que precisamos para ter uma vida santa e reta em perfeita comunhão com Ele (um novo espírito, uma nova vida ). II Pe 1:3
Em que nos enroscamos então ?
Nas enfermidades da alma causadas pelo pecado ( independência de Deus ) em nossa mente, vontade e emoções .
Nossa alma ( mente, vontade e emoções ) foi afetada pelo pecado e também precisa de cura
Quando nos convertemos Deus, através de sua Palavra, começa uma limpeza em nosso interior, em nossa alma.  Lc 21:19 - I Pe 1:9 - I Pe 1:22
3)  Glorificação do corpo
O objetivo final na ressurreição ou arrebatamento, quando receberemos um novo corpo, semelhante ao de Cristo depois de ressurrecto. I Co 15:51-52
Ao nos convertermos nosso espírito é vivificado e estamos salvos, mas Deus quer fazer mais.
ALMA CORPO E ESPIRITO REPRESENTADOS EM UMA LÂMPADA.
“O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do coração (ou alma).” (Pv. 20.27).
1 - O Espírito Santo (Sua Pessoa)
É representado pela “Energia Eléctrica.” Não o podemos enxergar, mas Ele é o Poder de Deus em nós, habitando em nosso espírito recriado quando recebemos a Jesus como nosso SENHOR E SALVADOR – (Rm. 10.9-10) “Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação.” (NVI).
O espírito (do homem) tem três funções principais:
CONSCIÊNCIA – É o órgão de discernimento que distingue o certo e o errado, mas não por meio da influência do conhecimento acumulado na mente, senão por um julgamento espontâneo e directo; a consciência condena todas as condutas que não seguem as direcções dadas pela intuição;

INTUIÇÃO – É aquele conhecimento que chega até nós, sem qualquer ajuda da mente, emoção ou vontade.
Chega intuitivamente. As revelações de Deus e todos os movimentos do Espírito Santo, tornam-se conhecidos do crente por meio da intuição; a CONSCIÊNCIA julga segundo a intuição;
COMUNHÃO – É adorar a Deus. A adoração só pode ser feita no espírito recriado do homem.
2 - “A Alma ou o coração do homem”
É representada aqui como sendo “A Luz da Lâmpada”. É na alma do homem que residem seus sentimentos (Afetos, Emoções, desejos, vontades).
Ainda existe no crente a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, comummente chamada de “obras da carne”.
Carne é sinónimo de “eu natural”, coração. No coração (sede dos sentimentos) estão inseridos desde a queda de Adão, propensões para o pecado que lutam contra a nova natureza vinda pela sua conversão em Cristo.
Esta nova natureza ou novo nascimento, se dá pelo espírito do homem recriado, regenerado, que vai fazendo com que a alma do homem se submeta ao senhorio de Jesus.

Há uma gradual santificação, por uma voluntária aceitação da Verdade de Deus e esta alma vai absorvendo a luz e a glória de Deus através do Espírito Santo em nosso espírito – automaticamente, aquele mal vai esvaziando.

Não devemos confiar em nosso coração, mas devemos nos orientar em todas as áreas da vida usando a Palavra.

Estando o nosso coração submisso ao SENHOR, todas as coisas estarão sob controle até nas horas de dificuldade.

3 - “O Corpo do homem é representado pela parte Física da lâmpada”.
O corpo recebe um estímulo interno que é o da alma. Podemos dizer que o corpo é a ligação física em um estímulo invisível da alma. O corpo é o abrigo externo dela, por isso se o corpo estiver preso aos actos do velho homem, ele será a exteriorização física do pecado.
Temos um valor grandioso para Deus, senão Ele não teria entregue Seu Filho Jesus.
Nosso espírito, alma e corpo, são importantíssimos para Deus, tanto é que todas as nossas atitudes, sejam elas, de obediência, devoção, comportamentos e ações, estão sendo vistas mas nunca controladas.
“E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.” (Hb. 4.13).

Que Deus nos ajude através do Seu Espírito Santo a entender todas estas coisas. Amém.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sete Palavras Hebraicas que Significam Ouro

Para  expressar  o  ouro,  a  língua  hebraica  tem  sete  vocábulos,  cada  um  deles expressando  o  valor  e  a  doçura  da  Palavra  de  Deus,  ou  um  sentido  de  nosso testemunho e  de nossa  felicidade.
1.  Zahab,  brilhante,  coisa  que  brilha.  A  palavra  de  Deus  se  destaca  por  um brilho  que  tem  o  poder  de  despertar  o  pecador.  O  brilho  também  é  o  testemunho do crente.”  Assim  brilhe a vossa  luz  diante  dos  homens"  (Mt 5.16). Esta  palavra  "zahab"  é  a  que  vem  mais  vezes  no  Antigo  Testamento. Aparece  oito  vezes  em  Gênesis,  mais  de  oitenta  em  Êxodo,  e,  em  todo  o  Antigo Testamento,  mais de  trezentas.
2.  Paz,  ouro  refinado  (nada  tem  com”paz''  em  nossa  língua,  essa  no  hebraico é  "shalom").  Expressa  a  pureza  de  Jesus  Cristo.  "Ele  não  conheceu  pecado"  (2Co 5.21).  "Nele  não  há  pecado"  (1Jo  3.5).  "As  palavras  de Deus  são"  mais  desejáveis  do que  o  ouro  ("zahab",  brilhante),  sim,  mais  desejáveis  do  que  o  ouro  fino  (paz,  ouro refinado)  (Sl  19.10).
3.  Betser,  ouro  bruto  que  precisa  ser  beneficiado  (Jó  22.23-25).  Se  a  palavra  de Deus  permanece  em  nós,  somos  aprovados  e  enriquecidos  com  as  bênçãos espirituais  (Jo  15.5-7  e  11).  Fruto  abundante  e  gozo  completo  que  vem  da  união  a Jesus  Cristo.
4.  Carutz,  ouro  cortado  em  pedaços  ou  provado  (Jó  23.10  e  Pv  17.3).  Aplica-se  à provação  de  Deus  para  nos  aperfeiçoar.  Referências:  Romanos  5.3-5;  Tiago  1.2-4;  1 Pedro 1.6,7.
5.  Que-tem,  cortado  em,  gravado,  marcado.  Em  relação  ao  ouro,  quer  dizer que é  verdadeiro  ou  garantido porque  tem  o  sinal ou  a  marca estampada. Em  Jó  28.16  diz  o  texto  que  o  valor  da  sabedoria  é  superior  ao  ouro  de  Ofir. “Seu  valor  não  se  pode  avaliar  pelo  ouro  de  Ofir''.  Esta  palavra  “que-tem''  está também  em  Salmos  45.9;  Provérbios  25.12;  Cantares  5.11;  Isaías  13.12. Como  título  de  alguns  Salmos,  esta  palavra  é  usada  com  um  prefixo  e  na forma  verbal:  “Miq-tam”  O  sentido  ali  é  um  escrito  ou  uma  gravação.  Ex.:  Salmos 56,57,58,59,60.  São  escritos  de Davi  acerca do Filho de Davi e  Senhor  de Davi.
6.  S'gor,  do  verbo  sa-gar,  completar,  cobrir,  terminar.  "S'gor"  é  sólido,  completo, terminado.  Em  1  Reis  6.20b: "...cobriu-o também  de  ouro  o altar de cedro". Em  Jó 28.15a  "Não se dá  por  ela  [a  sabedoria] ouro fino...” A  lição  aqui  é:  a  sabedoria  de  Deus  é  completa,  nada  se  pode  acrescentar  às suas  palavras.
7.  D'hav,  é  uma  palavra  da  língua  caldaica,  só  aparece  nos  livros  de  Daniel e de Esdras  e  tem  o  mesmo  valor  de  “Zahab”que acima está,  no n-1.
Autor Severino Pedro

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Marcos (Profundo)

Quanto ao autor do Evangelho de Marcos Duas  coisas  nos  chamam  a atenção: A  primeira  é  a  identidade  de  Marcos  descrita  nas  Escrituras.  O  nome  completo  do  autor  desse  evangelho  é  João  Marcos,  sendo  que  João  é seu nome  hebraico  e Marcos  seu nome romano. Temos  várias  informações  importantes  sobre esse  personagem  nas  Escrituras: Em  primeiro  lugar,  Marcos  era  filho  de  Maria,  uma  cristã  que  hospedava  cristãos  em  sua  casa  (At  12.12).  Isso  significa  que  João  Marcos procedia  de uma família  aquinhoada de bens  materiais  e tinha familiaridade  com  a igreja,  desde  sua juventude. Em  segundo  lugar,  Marcos  participou  da  primeira  viagem  missionária  de  Paulo  e  Barnabé  (At  12.25).  Ele  saiu  de  Jerusalém  com  Paulo  e Barnabé  e  foi  morar  em  Antioquia  da  Síria,  de  onde  saiu  com  eles  para  a  primeira  viagem  missionária  na  região  da  Galácia.  João  Marcos  era  um auxiliar  hypẽrtẽs  de Barnabé e  Saulo nessa  primeira viagem  missionária  (At  13.5). Em terceiro  lugar,  Marcos  desistiu  da  primeira  viagem  missionária  no  meio  do  caminho  (At  13.13).  Não  sabemos  precisamente  as  razões  que levaram  Marcos  a  desertar  dessa  viagem.  Elencamos  três  sugestões:  Paulo  decidiu  largar  a  região  costeira  e  ir  para  o  interior,  onde  os  perigos eram  imensos;  Paulo  passou  a  ocupar  a  liderança  da  viagem,  até  então  ocupada  por  Barnabé;  a  insegurança  característica  de  sua  própria juventude e inexperiência. Em  quarto  lugar,  Marcos  é  rejeitado  por  Paulo  na  segunda  viagem  missionária  (At  15.37-40).  A  rejeição  de  Paulo  ao  ingresso  do  jovem Marcos  na  segunda  viagem  missionária  teve  repercussões  profundas  na  agenda  missionária  da  Igreja  e  no  relacionamento  dos  dois  grandes líderes  Paulo  e  Barnabé.  Houve tal  desavença  entre  eles,  que  Barnabé  deixou  Paulo  e  partiu  para  uma  nova frente missionária,  levando  consigo  a Marcos  para  Chipre, sua terra natal. Em quinto  lugar,  Marcos  era  primo  de  Barnabé  (Cl  4.10).  Esse  fato  revela  que  a  família  de  Marcos  era  abastada.  Sua  mãe  tinha  uma  casa  que servia  de  lugar  de  encontro  da  Igreja  primitiva  e  Barnabé  era  homem  de  posses  (At  4.37).  Isso  também  lança  uma  luz  sobre  o  fato  de  que Barnabé,  além  de  sua  característica  de  consolador,  não  desamparou  a  Marcos,  quando  este  foi  barrado  por  Paulo  no  seu  intento  de  participar  da segunda  viagem  missionária. Em  sexto  lugar,  Marcos  esteve  preso  com  Paulo  em  Roma  (Cl  4.10).  Marcos  tornou-se  um  grande  líder  cristão  do  século  1.  Jerônimo  disse que ele foi  ao Egito e ali  plantou a  igreja de Alexandria.7  Agora,  ele está  preso  em  Roma, com  Paulo, durante a sua  primeira prisão. Em  sétimo  lugar,  Marcos  tornou-se  um  cooperador  de  Paulo  (Fm  24).  A  Carta  a  Filemom  foi  escrita  no  interregno  entre  a  primeira  e  a segunda  prisão  de Paulo em  Roma. Paulo destaca  que  nesse  tempo Marcos  era seu cooperador. Em  oitavo  lugar,  Marcos  foi  chamado  por  Paulo  para  assisti-lo  no  final  da  sua  vida  (2Tm  4.11).  Marcos  estava  em  Éfeso  quando  Paulo  foi preso  pela  segunda  vez.  Agora,  Paulo  está  num  calabouço  romano,  aguardando  o  seu  martírio.  Paulo  reconhece  que  o  mesmo  jovem  que  ele dispensara  no  passado  agora  lhe  é  útil  e  deseja  tê-lo  como  seu  cooperador  no  momento  final  da  sua  vida.  Isso  nos  prova  a  mudança  de  conduta de Paulo bem  como sua  mudança de conceito  acerca de Marcos.
Em  nono  lugar,  Marcos  era  considerado  um  filho  de  Pedro  na  fé  (1Pe  5.13).  Marcos  teve  um  estreito  relacionamento  com  Pedro.  O  apóstolo o  chama  “meu  filho”.  Possivelmente  o  próprio  Pedro  o  tenha  levado  a  Cristo  e  seja  seu  pai  na  fé.  Quando  Pedro  foi  solto  da  prisão,  foi  para  a casa  de Maria, mãe  de Marcos,  onde a igreja  estava  reunida. Em  décimo  lugar,  Marcos  é  apontado  pela  maioria  dos  estudiosos  como  o  jovem  que  se  vestiu  com  um  lençol  para  ver  Jesus  (Mc  14.51,52). Nesse  tempo  esse  jovem  era  apenas  um  seguidor  casual  de  Cristo.  Era  apenas  um  espectador  curioso  que  queria  acompanhar  o  desenrolar  da prisão  do  rabi  da  Galiléia,  mas  estava  inadequadamente  vestido  no  meio  da  multidão.  Ao  ser  agarrado  pela  soldadesca  que  prendia  a  Jesus,  fugiu desnudo. A segunda  coisa  que  nos  chama  a  atenção  é  que  Marcos  é  considerado  o  autor  do  Evangelho  que  leva  o  seu  nome.  Embora  Marcos  não  tenha sido  um  discípulo  de  Cristo,  seguramente  presenciou  muitos  fatos  da  sua  vida,  visto  que  morava  em  Jerusalém  e  sua  casa  tornou-se  um  ponto  de encontro da igreja. Os  pais  da  Igreja,  unanimemente  aceitaram  a  autoria  de  Marcos  deste  evangelho.8  Papias,  um  dos  pais  da  Igreja  do  começo  do  século  2, afirma  que  o  evangelho  de  Marcos  é  a  compilação  do  testemunho  pessoal  de  Pedro  acerca  da  vida  e  ministério  de  Cristo.  Marcos  não  foi discípulo  de  Cristo,  mas  de  Pedro.  De  acordo  com  Papias,  Marcos  foi  o  hermẽneutẽs  (intérprete)  de  Pedro.9  William  Hendriksen  diz  que  não temos  nenhuma  razão  para  rejeitar  a  tradição  de  que  Marcos  foi,  essencialmente,  o  “intérprete”  de  Pedro,  pois  o  conteúdo  do  livro  confirma  essa conclusão.10  Esse  relato  de  Papias,  que  aparece  em  uma  obra  de  Eusébio,  bispo  de  Cesaréia,  autor  da  primeira  grande  História  da  Igreja,11  no século  4, é o mais  antigo registro da autoria de Marcos, Marcos,  que  foi  o  intérprete  de  Pedro,  escreveu  acuradamente  tudo  o  que  ele  relembrou,  tanto  sobre  o  que  Cristo  disse  quanto  o  que  Cristo  fez, porém  não  em  ordem.  Embora  Marcos  não  tenha  ouvido  nem  acompanhado  o  Senhor,  mais  tarde  acompanhou  Pedro,  de  quem  recebeu  todas  as informações,  de  tal  maneira  que  ele  não  cometeu  nenhum  engano  em  seu  relato,  não  omitindo  nada  do  que  ouviu  nem  acrescentando  qualquer falsa  afirmação  acerca do que recebeu.12 Outros  pais  da  Igreja,  incluindo  Justino,  o  mártir,  Tertuliano,  Clemente  de  Alexandria,  Orígenes  e  Eusébio,  confirmam  Marcos  como  o  autor desse  evangelho.13  Também  associam  o evangelho  de  Marcos  com  o testemunho  do  apóstolo  Pedro.14  Irineu,  outro pai  da Igreja,  afirma:  “Depois da  morte  de  Pedro  e  Paulo,  também  Marcos,  discípulo  e  intérprete  de  Pedro,  nos  legou  por  escrito  as  coisas  que  foram  pregadas  por  Pedro”.15 Marcos  é  o  mais  aramaico  dos  evangelhos,  o  que  evidencia  ser  um  relato  da  palavra  falada  de  Pedro.  O  esboço  desse  evangelho,  ainda  está afinado  com  o conteúdo do evangelho pregado por  Pedro na  casa  de Cornélio (At  10).16 A data e o local  em  que o evangelho foi  escrito Robert  Gundry  afirma  que  Marcos  foi  o  primeiro  evangelho  a  ser  escrito.17  Não  existe  um  consenso  unânime  acerca  da  data  da  sua  redação; entretanto,  ele  deve  ter  sido  escrito  entre  55 e  70  d.C, ou  seja,  antes  da  destruição  de  Jerusalém  no  ano 70  d.C.,  uma vez  que  ele  não faz  qualquer menção  desse  fato  predito  por  Jesus  (13.1-23).  Jerusalém  foi  destruída  pelo  exército  romano  sob  a  liderança  de  Tito,  depois  de  143  dias  de cerco. Durante essa  batalha, seiscentos  mil  judeus  foram  mortos  e milhares  levados  cativos. 

Hernandes Dias Lopes

domingo, 5 de abril de 2015

"FUNDO DE UMA AGULHA" (Interpretação)

 "A expressão de Mateus 19.24 'fundo duma agulha' ou 'buraco duma agulha' é literal ou simbólica?" O contexto desse passo bíblico trata de um jovem rico que amava tanto as suas riquezas que elas lhe serviam de impedimento. A mensagem é clara. Os indivíduos de mentalidade materialista que consomem a vida procurando adquirir bens materiais, só encontram satisfação nas riquezas ou na busca delas; e somente em casos raríssimos é que chegam a se importarem com as questões espirituais para encontrar a vida eterna. Porém, seria um erro aplicarmos o texto somente aos ricos, porquanto o materialismo tem realizado a sua devastação moral até mesmo entre os pobres. Ao falar sobre a impossibilidade desse tipo de pessoas entrarem no reino de Deus, Jesus pregou a ilustração que é a impossibilidade de um "camelo passar pelo buraco de uma agulha". Alguns têm imaginado que o buraco de agulha referido fosse uma portinhola, no muro de Jerusalém, através do qual pudesse passar finalmente um camelo, depois de muitos puxões e empurrões; outros admitem que a expressão camelo, que no grego representa uma pequena modificação de "Kamelos" para "Kamilos", trata de uma corda grossa ou um cabo, mas isso só diminuiu a impossibilidade do ato. Todavia, o grego de Mateus 19.24 e de Marcos 10.25 fala de uma agulha usada com linha, enquanto que o de Lucas 18.25 usa o termo médico que indicava uma agulha usada nas operações cirúrgicas. É evidente que ali não é considerada nenhuma portinhola, mas sim, o pequenino buraco de uma agulha de costura. Provavelmente era um provérbio incomum para ilustrar coisas impossíveis. O Talmude fala por duas vezes de um elefante para o qual é impossível passar pelo buraco de uma agulha. Por conseguinte, quem quer que ame as riquezas, a ponto de isso impedi-lo de confiar em Jesus Cristo como Salvador, está na impossibilidade de ser salvo. Em resposta à pergunta feita pelos discípulos: "Então quem pode ser salvo?" Jesus respondeu: "Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus", Lc 18.27. Nessa frase, as palavras "dos" e "para" são uma só no original, cujo sentido literal é "ao lado". Tome-se o lado do homem, na questão das riquezas, e torna-se-á impossível a salvação. Porém,-tome-se o lado de Deus sobre a questão e a impossibilidade anterior se transformará em possibilidade.

terça-feira, 10 de março de 2015

"MALAQUIAS 3.10" (Interpretação)

Malaquias 3:8-12: Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos?Nos dízimos e nas ofertas. 9 Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. 10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. 11 E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. 12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.

Examinemos esta passagem verso por verso, para que dela possamos extrair algumas importantes verdades.

3:8 Este verso nos diz que quando um homem retém seus dízimos ele está roubando, na realidade, a Deus. Isto porque ele está retendo algo que não lhe pertence, antes é propriedade de Deus. 
[4]  Sob o Velho Pacto, o dízimo era mandatório, portanto retê-lo era se tornar um ladrão. Note também que Deus diz que o povo o estava roubando em dízimoS. Ele não disse no "dízimo", mas sim nos "dízimoS" (plural). Estes "dízimos"  têm que se referir aos diferentes dízimos requeridos do povo de Deus (o Dízimo para o Levita, o Dízimo para as Festas ao Senhor, e o Dízimo para os Pobres). Adicionalmente, observe que Deus não está condenando o reter apenas dos dízimos, mas também das ofertas. Estas, sem dúvida, referem-se às ofertas especificadas em Levíticos 1-5, tais como a oferta queimada [holocausto], a oferta dos manjares, a oferta de paz, a oferta pelos pecados, e a oferta pelas culpas. Todas estas ofertas eram constituídas, principalmente, de sacrifícios de animais. O suprimento de comida e mantimento para os Levitas era provido, em grande parte, através destes sacrifícios de animais, dos quais os Levitas eram permitidos participar [comendo-os], em certos casos. Uma importante pergunta emerge a este ponto. Por que é que reconhecemos que o sacrifício de animais não é coisa para o Novo Pacto, mas dizemos que o dízimo o é? Se estivéssemos sob a obrigação de pagar dízimos hoje, então, certamente, ainda estaríamos obrigados a oferecer sacrifícios de animais. Deus amarrou um ao outro (os dízimos e os sacrifícios), e disse que Seu povo O estava roubando por reter a ambos. Não podemos decidir "pegar e escolher" qual dos dois ofereceremos a Deus, hoje. Das duas uma: [a] estamos sob a obrigação de oferecer ambos, tanto dízimos como ofertas de animais (sacrifícios), ou [b] ambos [dízimo e sacrifício] têm sido abolidos pela ab-rogação da Lei Mosaica.
 
3:9 Aqui, somos ditos que, como o povo de Israel estava retendo os dízimos e ofertas, conseqüentemente estava amaldiçoado com uma maldição. Note que o verso não diz "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda a humanidade." Ao contrário, diz "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação." Se dizimar fosse um mandamento moral e eterno para todos os povos de todos os tempos, então todos estes estariam sob maldição. Mas nosso texto somente diz que é toda nação de Israel que estava sob a maldição. Agora, o que é interessante sobre esta "maldição" é que, em Deuteronômio 28, somos ditos que se Israel, sob a Lei Judaica, desobedecesse os mandamentos de Deus, então a nação seria amaldiçoada. Note os seguintes textos: Deuteronômio 28:18"Maldito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e as crias das tuas vacas, e das tuas ovelhas. 23 E os teus céus, que estão sobre a cabeça, serão de bronze; e a terra que está debaixo de ti, será de ferro. 24 O SENHOR dará por chuva sobre a tua terra, pó e poeira; dos céus descerá sobre ti, até que pereças. 38 Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o gafanhoto a consumirá. 39 Plantarás vinhas, e cultivarás; porém não beberás vinho, nem colherás as uvas; porque o bicho as colherá. 40 Em todos os termos terás oliveiras; porém não te ungirás com azeite; porque a azeitona cairá da tua oliveira. E todas estas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído; porquanto não ouviste à voz do SENHOR teu Deus, para guardares os seus mandamentos, e os seus estatutos, que te tem ordenado;" (Dt 28:18, 23-24, 38-40, 45). Nestes versos, Deus adverte que, se o Seu povo desobedecesse Seus mandamentos e estatutos, então as ceifas dele falhariam, as chuvas não viriam, as colheitas seriam pequenas, a locusta [tipo de grilos ou gafanhotos] consumiria a comida, e o fruto das árvores falharia.

3:10
 Nesta passagem, Deus fala da "casa do tesouro". Com base em Neemias 12:44, sabemos que isto se refere às câmaras no Templo, postas à parte e designadas para guardar os dízimos dados pelo povo para o sustento dos sacerdotes [e a todos os demais levitas]. Não existe sequer um fiapo de evidência de que devemos associar estas "casas do tesouro"  aos prédios das igrejas para os quais os crentes do Novo Pacto devem trazer seus dinheiros. Ademais, a razão pela qual Israel devia trazer todos os dízimos para dentro da casa do tesouro era que houvesse [bastante] alimento na casa de Deus. Deus estava interessado em que os levitas tivessem comida para comer. Este era o propósito daqueles dízimos que eram trazidos para o Templo de Deus. Somos ditos, também, que se o povo de Deus fosse fiel em trazer seus dízimos para a casa do tesouro, Deus abriria as janelas do céu e derramaria para eles uma bênção até que transbordasse. Isto sem dúvidas refere-se à promessa de Deus de trazer abundantes chuvas para produzir a bênção de uma transbordante ceifa.

3:11
 Neste verso, Deus promete que se Israel trouxer os dízimoS [e as ofertaS], Ele repreenderá o devorador para que não destrua o fruto da terra. Sem dúvidas, o "devorador" é uma referência às locustas que Deus adverte que virão sobre os campos de Israel se o povo falhar em trazer o dízimo (Dt 28:38; vide acima). 

3:12
 Neste verso, Deus graciosamente promete que, se Israel for obediente no dar os seus dízimoS e ofertaS, todas as nações a chamarão abençoada. É interessante que Deus não apenas advertiu Israel de que seria amaldiçoada se desobedecesse a Lei Mosaica, mas também prometeu que seria abençoada se a obedecesse. Note estes textos, "1 ¶ E será que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. 2 E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus; (Dt 28:1-2). 4 Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais; e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. 8 O SENHOR mandará que a bênção [esteja] contigo nos teus celeiros, e em tudo o que puseres a tua mão; e te abençoará na terra que te der o SENHOR teu Deus. 11 E o SENHOR te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, e no fruto dos teus animais, e no fruto do teu solo, sobre a terra que o SENHOR jurou a teus pais te dar. 12 O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado." (Dt 28:1-2, 4, 8, 11-12). Aqui, Deus prometeu abençoar Israel materialmente, se ela fosse obediente. A promessa inclui abundantes colheitas, copiosas chuvas, e grandes aumentos nas manadas e nos rebanhos.


Portanto, é minha convicção que as bênçãos e maldições escritas em Malaquias 3:8-12 referem-se às bênçãos materiais que Deus prometeu a Israel, se ela obedecesse seus mandamentos e estatutos. Dizimar foi um destes mandamentos.

Portanto, que podemos concluir sobre o dízimo, sob a Lei Mosaica? Penso que, com segurança, podemos concluir que o dízimo não tinha nada a ver com o dar dinheiro regularmente, numa base semanal ou mensal, mas, ao contrário, tinha a ver com a adoração a Deus conforme ordenada no tempo do Velho Pacto. O mandamento para dizimar, tal como os mandamentos para não comer camarão nem ostras, tornou-se obsoleto e foi colocado de lado, pela inauguração do Novo Pacto, na morte de Cristo. O dízimo foi o sistema de impostos e taxas ordenado por Deus sob o sistema teocrático do Velho Testamento.

Se alguém deseja dizimar realmente [literalmente] de acordo com as Escrituras, teria que fazer o seguinte:
1) Deixar seu trabalho e comprar uma terrinha, de modo que possa criar seu gado e plantar e colher [grãos, verduras e frutas].
2) Encontrar algum descendente de Leví, para sustentá-lo [e este a um descendente do levita Arão (que realmente seja sacerdote, no Templo, em Jerusalém)].
3) Usar suas colheitas para observar as festas religiosos do Velho Testamento (tais como Páscoa, Pães Asmos, Pentecostes, Tabernáculos) [quando, como e onde Deus ordenou. Literalmente];
4) Começar por dar pelo menos 20 por cento de todas as suas colheitas e rebanhos a Deus; e
5) Esperar que [com toda certeza] Deus amaldiçoe sua nação [em oposição ao próprio crente] com [grande] insuficiência material, se ela for infiel, ou a abençoe com [grande] abundância material, se for fiel.

Penso que todos nós concluiríamos que isto é completamente absurdo! Todos reconhecemos que Cristo tem abolido o sacerdócio levítico, os sacrifícios de animais, e as festas religiosas, em Cristo. Bem, se isto é verdade, por que estamos tentando segurar [i.é  manter] o dízimo, que foi parte e parcela de todas essas ordenanças do Velho Testamento?

(Com esta interpretação deixo bem claro, que meu intuito não é que você membro de uma igreja, deixe de dar seu dízimo em sua igreja pois certamente, sua congregação precisa de sua ajuda na obra de Deus, meu intuito com esse post é que saiba oque realmente Ml.3.10 quer dizer, pois muito já ouvi acerca desse texto mas ninguém nos interpreta nas igrejas com medo de perder seus dizimistas, dizem que esse ato é obrigatório e é atribuído até na perca da sua salvação, sendo que não, mas sim um ato voluntário e de fé de cada um)  

domingo, 21 de setembro de 2014

A chave para o sucesso de Josué

A chave para o sucesso (1.7,8). A eficácia de qualquer coisa que Josué tentasse fazer seria determinada por esta chave: Esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te orde nou (7). Aqui e no versículo 8 a palavra lei é usada para identificar os textos que Moisés deixara em relação à vontade de Deus para seu povo. A Torá hebraica signifi ca mais do que a legislação. Ela sugere a idéia de instrução e orientação. Nenhuma obrigação ou responsabilidade deveria justificar qualquer desvio dessas regras .bási cas para a vida. Havia perigo à frente se Josué não usasse esta chave com diligência. O medo era um perigo; portanto, ele deveria se esforçar e ter bom ânimo. O compro metimento era perigoso; assim, ele não deveria se desviar nem para a direita nem para a esquerda. O esquecimento era uma ameaça; ele não deveria permitir que esta palavra ficasse fora de sua boca. A superficialidade também era um perigo, de modo que ele deveria meditar no livro da lei dia e noite (8). Ao discutir o termo “meditar”, J. S. McEwen sugere que é o ato de alguém praticar “uma concentração proposital da mente no assunto da meditação e a deliberada expulsão de pensamen tos e imagens contraditórios.”6 Desse modo, toda a força e a coragem de Josué deveriam estar focalizadas na obser vância do programa de Deus. O Senhor já concedera um código para o sucesso que sobre viveria ao mais diligente escrutínio. Neste manual estava a certeza de prosperar por onde quer que andares, de fazer prosperar o teu caminho e prudentemente te conduzirás. Aqui estava a chave para o sucesso: quem a usasse viveria de maneira sábia e comportar-se-ia com prudência.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

"Numerologia Bíblica"

"E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados" (Mt 10.30). Os números na Bíblia são usados para revelar a sabedoria divina e a perfeição em todos os detalhes de suas obras. Além disto, o estudo dos números nas páginas sagradas traz lições devocionais em seu simbolismo. Nos alfabetos hebraico e grego, cada letra tem valor numérico, de modo que cada palavra tem um valor. Os números mais relacionados com a obra de Deus são: 3,7,10 e 12. A estes é atribuída a idéia de perfeição, -  3 é o número da perfeição divina. -  7 é o número da perfeição espiritual. -10 é o número da perfeição comum ou ordinal. -12 é o número da perfeição governamental. O número 12 está ligado ao governo dos céus. Há 12 constelações chamadas casas do sol, que são os 12 signos do Zodíaco. Aparentemente, o sol ocupa uma delas cada mês, assim elas dão os 12 meses do ano. O sol foi feito para governar o dia, e a lua para governar a noite (Gn 1.14; SI 136.8 e 9). O círculo celeste também é dividido em 360 graus (12x30). Cada palavra da Bíblia tem um número, e cada número tem um significado. Deus conta as estrelas (SI 147.4). "...deu peso ao vento, e tomou a medida das águas" (Jó 28.25).

Um - Unidade, número de Deus, causa, origem, identidade. Como cardinal indica unidade, e como ordinal significa primazia. Deus é a primeira causa, independente de tudo. "Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens...'' (1 Tm 2.5).

Dois - Divisão, contraste, dependência, amor. Dois é o número mais usado na Bíblia. O hebraico tem singular, dual e plural. O dual indica dois, mas somente quando se completam, como no corpo: os dois braços, os dois pés, os dois olhos, etc. Na criação há luz e trevas; no mundo, terras e águas; no tempo, dia e noite; na eternidade, salvos e perdidos. Jesus enviou os apóstolos de dois em dois (Mc 6.7).

Três - Trindade, número de Deus, plenitude na unidade. O número três reúne as experiências da vida. Princípio, meio e fim. Pai, mãe e filho. Céu, mar e terra. Manhã, meio-dia e tarde. Direita, centro e esquerda. Na Bíblia houve: 3 filhos de Noé, 3 filhos de Levi, 3 amigos de Jó, 3 maestros de Davi, 3 livros de Salomão, 3 companheiros de Daniel. O tabernáculo tinha: Átrio, lugar Santo e Santíssimo; 3 metais: ouro, prata e cobre; 3 líquidos: sangue, água e azeite. Na tentação de Jesus, houve três propostas. Jesus fez uma ilustração de 3 pães e 3 alimentos (Lc 11.5-12). Três apóstolos acompanharam Jesus em 3 ocasiões especiais: Pedro, Tiago e João. Jesus é o caminho, a verdade e a vida. A inscrição da cruz de Jesus Cristo estava em três línguas: hebraico, grego e latim (Jo 19.19 e 20). No juízo divino, o pecador é contado, pesado e dividido (Dn 5.25-28). Permanecem três virtudes: fé, esperança e amor (1 Co 13.13).

Quatro - número do homem ou do governo do mundo. Há 4 pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste; 4 estações do ano: primavera, verão, outono e inverno; 4 ventos (Jr 49.36; Ez 37.9); 4 confins da terra (Is 11.12b)
Na história do mundo houve 4 impérios mundiais: o babilônio, o medo-persa, o grego e o romano. No holocausto eram oferecidos quatro espécies de animais: novilho, carneiro, cabrito e pombos (Lv cap. 1). Ezequiel viu 4 criaturas a quem chamou querubins. João viu as mesmas 4 em Apocalipse capítulo 4. Na parábola do Semeador há 4 qualidades de terreno (Mt 13.1 -13). Nas visões de Zacarias há: 4 cavaleiros, 4 ferreiros, 4 chifres, 4 carros, etc. A cidade de Damasco, considerada a mais antiga do mundo, soma, nas letras do seu nome, 444. Jesus Cristo foi feito por Deus: "sabedoria, justiça, santificação e redenção" (1 Co 1.30b).

Cinco - Representa a graça de Deus protegendo o seu povo. Pode significar: 1  - Revelação de Deus A Lei de Deus foi entregue a seu povo na forma de 5 livros que são chamados - Pentateuco. É tão importante a Lei que Davi se deleitava em meditar nela. Ali achava ele alimento, conforto, poder, sabedoria, etc. Naquela época, só existiam da Bíblia Sagrada os 5 livros do Pentateuco. Os príncipes das tribos de Israel ofereciam cada um, 5 carneiros, 5 bodes e 5 cordeiros (Nm 7.35). 2 - Santificação O livro de Levítico, que trata da Santidade, traz no começo um cerimonial de 5 ofertas, que simbolizam tudo que Jesus Cristo realizou no Calvário. Os Salmos são divididos, no original, em livros, que correspondem aos 5 livros da Lei. Os livros poéticos do Velho Testamento destacam a adoração a Deus, também são cinco. Para enfrentar o gigante Golias, Davi apanhou 5 pedras dum riacho. Jesus Cristo, para realizar a nossa redenção, recebeu 5 feridas: duas nas mãos, duas nos pés e uma no lado. 3 - Oportunidade Para perceber o mundo exterior, Deus nos deu 5 sentidos. E os membros usados para os trabalhos práticos: as mãos e os pés, cada um termina em 5 dedos. O primeiro dos servos da parábola dos talentos recebeu 5 talentos para negociar com eles (Mt 25.25). Cada crente pode ter 5 possibilidades de servir a Deus, e não uma só. Um rapaz apresentado a Jesus por André entregou 5 pães, com que Jesus alimentou a multidão (Jo 6.9). Oportunidade perdida: O rico tinha 5 irmãos, e, quando estava na condenação, desejava evangelizá-los. Não foi possível. A oportunidade tinha passado (Lc 16.28).

Seis - Número do homem. Está relacionado com o trabalho, "seis dias trabalharás" (Êx 20.9). O mundo foi criado em 6 dias, e o homem foi feito no sexto dia (Gn 1.26-31). Por mais que o homem se esforce, nunca chega à perfeição do 7. Salomão, o rei de maior grandeza e sabedoria na terra, tinha um trono de 6 degraus. A estrela de 6 pontas A estrela de Davi, que vem na bandeira de Israel, como símbolo nacional, tem 6 pontas quando as outras estrelas têm cinco. Os judeus dão algumas explicações sobre o significado daquela estrela: Uma delas diz que a estrela é formada de dois triângulos, um voltado para cima e o outro para baixo. O nome de Davi, no original, tem duas vezes a letra dálete, que corresponde ao nosso D. Esta letra dálete, na antigüidade, tinha a forma de triângulo. Davi no hebraico é DAVID. Quando Davi tomou dos jebuseus a fortaleza de Sião (2 Sm 5.7-9), tornou-a sua capital, e adotou como símbolo nacional esta estrela formada dos dois triângulos das letras de seu nome. Precursores do Anticristo O gigante Golias tinha 6 côvados de altura, e sua lança 600 siclos de ferro (1 Sm 17.4-7). A estátua de Nabucodonozor, 60 côvados de altura e 6 de largura (Dn 3.1).

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Quem era a Jezabel de Apocalipse 2.20 ?

Ap. 2.20. “Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa. Ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria”. I. “...Jezabel”. a palavra “Jezabel” significa: “Montão de lixo”. Na opinião de alguns eruditos: “Casta”. Aparece pela primeira vez nas Escrituras como pessoal de uma princesa. Ela tinha crescido em Tiro, na cidade portuária fenícia. Seu pai, rei Etbaal, era também sacerdote de Astarote e sacrificava a Baal (1 RS 16.31) e, por conseguinte, tornou-se esposa de Acabe, rei de Israel. Esta ferina rainha tombou morta no vale de Armagedom (2 Rs 9.15, 16, 30, 37). 1. Mulher que se diz profetisa. Há muitas opiniões a respeito da “audaciosa mulher” da igreja de Tiatira; alguns até já defenderam tratar-se de uma “doutrina”, ou mesmo de uma “religião” e não de uma pessoa. A Jezabel do Antigo Testamento, é citada como o protótipo de pecado. A Jezabel do presente texto, trata-se de uma pessoa e não apenas uma figura ou personificação do mal. A passagem fala claramente de uma pessoa, pelo uso do pronome (“ela”). V.22. “No inglês, o pronome é her” usado somente para pessoa. Deve-se ter isto em mente para compreensão do significado do pensamento, pois em português, “ela” é usado tanto para pessoas, animais ou coisas”. Em alguns manuscritos antigos é acrescentado a palavra grega “SOU” (isto é tua), antes da palavra “mulher” ficando assim o texto na sua íntegra: “Mas tenho contra ti (pastor) que toleras Jezabel, (tua mulher?) que se diz profetisa”. O Dr. Carroll, op. Cit., vol. Sobre o Apocalipse, aceita esta posição: “Tratava-se da mulher do pastor, por parecer no original a palavra “y u v n”, que pode significar esposa; isto se dá muitas vezes em o Novo Testamento”. Não sabemos se isso é o verdadeiro sentido do presente texto, mas pode ser (cf. 1 Rs 21.25): As Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe.

Publicano

Uma profissão indigna Como coletor de impostos, Mateus estava incumbido da cobrança de taxas tanto dos que cruzavam o Mar da Galiléia como dos que transitavam pela importante estrada de Damasco, que cortava os domínios do tetrarca Herodes Antipas, passando pelas estratégicas Cafarnaum e Betsaida Julias. Nos tempos apostólicos, a Palestina encontrava-se direta (no caso da Judéia) ou indiretamente (no caso da Galiléia) submetida ao domínio romano.  Os impostos arrecadados por Roma eram de duas espécies: os tributos que recaíam sobre propriedades {tributum agri) ou sobre pessoas {tributum capitis), e os vectigalia, abrangendo todos os outros ingressos do Estado. O tributum capitis aparece na discussão de Mt 22.15-22, quando Jesus é provocado pelos fariseus, com a pergunta "Dize-nos, pois, que te parece? É licito pagar tributo a César, ou não?" Dentre os vectigalia interessa-nos destacar sobretudo o portorium, termo técnico que indica o imposto sobre o trânsito de mercadorias através do território romano, correspondente a três tipos de imposto moderno: o alfandegário, recebido na fronteira de uma província ou Estado; de consumo, recebido à entrada ou saída de uma cidade e o pedágio, ou seja, o pagamento pelo trânsito em determinados lugares como, por exemplo, em algumas estradas. O termo bíblico erroneamente traduzido por publicano geralmente se aplica aos portitores, ou seja, os cobradores do portorium. Os verdadeiros publicanos (lat. publicanus) eram, na realidade, membros da reduzida casta oligárquica que habitava a capital imperial. Responsáveis pela arrecadação dopublicum, a renda tributária do Estado, os publicanos formavam sociedades anônimas com pomposos dividendos. Durante o período republicano - que oficialmente durou ate' 27 a.C. - os publicanos dominaram a arrecadação do "publicum", a renda tributaria do Estado, função esta que - devese anotar - foi pouco a pouco sendo absorvida pelos futuros imperadores, ávidos pela absoluta centralização de poder. Formavam os publicanos uma sociedade encabeçada por um diretor, o magister societatis, representado nas províncias por um vice-diretor, o pro magistro, que, por sua vez, tinha à disposição um grande número de empregados. Dentre os que lhes estavam sujeitos destacamos os submagistri (gr. arcbitelontes), os quais coordenavam a coleta de impostos nas muitas províncias do império. Suspeita-se que Zaqueu (Lc 19.1-10), pertencia a esta categoria. Finalmente, subordinados aos submagistri, estavam osportitores (gr. telontes), que, como dissemos, encarregavam-se da cobrança ào portorium. Sobre estes, recaía a difícil tarefa do contato com a população na coleta fiscal. Embora não passassem de subalternos, o povo os conhecia como publicanos. Mateus era um deles. Mesmo em Roma, os publicanos, tanto em níveis superiores como inferiores, eram sempre tratados com muita desconfiança, sendo constantemente comparados a gatunos e oportunistas. Alguns escritores romanos como Cícero, Terêncio, Tito Lívio, Suetônio e Quintiliano expressaram juízos severos sobre eles. No caso de Israel a discriminação contra os submagistri eportitores chegava a patamares extremos. Como funcionários a serviço da dominação estrangeira, eram considerados traidores nacionais, apóstatas, gentios e pecadores (Mt 18.17). Eram de tal maneira desprezados pelos judeus que nem mesmo seus dízimos e ofertas eram aceitos nas sinagogas
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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Laudicéia

LAODICÉIA. O nome significa “Laodice” (em alusão a Laodice esposa de Antíoco II). Outros, porém, vêm nessa palavra grega o significado de “poko”, “juízo”, ou “costume”. Situação Geográfica : Laodicéia era uma cidade da província romana da Ásia Menor. A cidade recebeu este nome em alusão à esposa de Antíoco II (Theos), que tinha o nome de Laodice. “Já que Laodice era nome feminino, nos tempos do Novo Testamento, seis cidades receberam tal nome, no período helenista. Por essa razão, a Laodicéia do presente texto, era chamada de “Laodicéia do Lico”, isto é, conforme asseverava Estrabão; 578”, in loc. O trecho de Colossenses 4.13-16 mostra-nos que, nos tempos de Paulo (talvez em 64 d. C.), Laodicéia já contava com uma igreja organizada e próspera. 2. Isto diz o Amém. Como já ficou demonstrado em comentário anterior a este, o Senhor Jesus, quando se apresenta a cada igreja, primeira faz uma pequena introdução, depois prossegue. A palavra “Amém” veio sem tradução do hebraico para o grego e do grego para o português. Seu significa original traz a idéia de cuidar ou de edificar. O sentido derivado, que chegou até nós, traz a idéia de alguma coisa que é afirmada, ou confirmada positivamente; este é o seu sentido original. O termo é aplicado aqui à pessoa de Cristo, por ser Ele o sim de Deus em todas as promessas (cf. 2 Co 1.19-20). Neste livro do Apocalipse, o termo “Amém” envolve quatro usos distintos:
(a) O “amém” inicial, em que as palavras de quem fala são tomadas como palavras daquele que profere o “amém” (cf. Ap 5.14; 7.12; 19.4 e 22.20). Nas páginas do Antigo Testamento há instâncias desse uso em 1Rs 1.26; Jr 11.5 e 28.6, e ss.
(b) O “Amém” isolado, em que qualquer sentença suplementar fora eliminado. Talvez isso é o que se tem em Ap 5.14, ver ainda tal uso, igualmente, em Dt 27.15, 26 e Ne 5.13, e ss.
(c) O “Amém” final, proferido pelo próprio orador (ver Ap 1.6, 7) isso também se acha no Antigo Testamento, somente nas quatro divisões dos salmos, nos subtítulos, em Sl 41.14; 72.19; 78.52 e 106.48, e ss.
(d) O “Amém” personificado, isto é, Cristo (Ap 3.14), que talvez siga o mesmo, segundo se diz, fraseado de (Is 65.16), “o Deus do Amém” ou “o Deus da verdade".

Exegese de Daniel 4,9 (O sonho de Nabucodonosor)

Daniel 4.9: “Beltessazar, príncipe dos magos, eu sei que há em ii o espírito dos deuses santos, e nenhum segredo te é difícil; dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação. ” Nabucodonosor afirma diante de Daniel que havia tido um sonho que era de caráter significativo. Ele reconhece que “o espírito dos deuses santos” (A Trindade) operava em Daniel constantemente. Essa frase do monarca babilônico poderia ser parafraseada como “aquilo que pertence à verdadeira deidade pode ser encontrado em Daniel”. Dois pontos focais devem ser analisados neste versículo ainda: l) Talvez o monarca não tivesse convocado logo a Daniel (pensam alguns), não porque o tivesse esquecido, mas por haver percebido que o sonho dizia respeito à sua humilhação, que teria de sofrer nas mãos do Deus dos deuses. A expressão usada por ele: “o espírito dos deuses santos”, refere-se realmente às três pessoas em que subsiste a Divindade: Pai, Filho, e Espírito Santo. Mas, em virtude da ex pressão ter saído dos lábios dum rei pagão, os escritores clássicos acharam por bem traduzir por “deuses”, em lugar de “Deus”. 4.10: “Eram assim as visões da minha cabeça, na minha cama: eu estava olhando, e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande. ” “...uma árvore no meio da terra”. O presente versículo relata o início do grande sonho do monarca babilônico. O rei viu aquela árvore no “meio da terra”, isto é, a árvore ocupava sobre a terra uma posição central que assim atraía a atenção de Nabucodonosor. Os antigos tinham em mente que o centro do globo terrestre se situava em Paris, capital da França, na Europa Ocidental. Outros, porém, imaginavam que o centro da terra era na planície onde foi construída a célebre “Torre de Babel” (Gn 11.2-9). É evidente que a expressão “no meio da terra”, do texto em foco, refere-se a grande capital do Império Babilônico. A vi são do rei Nabucodonosor, em inferência, nos faz lembrar do Grande Trono Branco contemplado por João, quando se encontrava na ilha de Patmos (Ap 20.11). Ali o Trono é Grande! é de vastíssimas dimensões, enchendo o campo inteiro de nossa visão; expulsa da vista todos os outros ele mentos; ameaça; deixa a mente atônita, etc. 4.11: “Crescia esta árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até o céu; e foi vista até os confins da terra. ” (...a sua altura chegava até o céu”. A natureza do sonho do monarca segue um paralelismo no planejamento da construção da Torre de Babel. O texto de Gênesis 11.4 mostra bem para nós o significado do pensamento: “E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma Torre cujo cume toque nos céus...” Aquele grupo rebelde foi humilha do diante da sentença poderosa de Deus; Nabucodonosor foi também humilhado, e aquela grande árvore foi derrubada por terra; os homens sempre tentaram um caminho para o céu, mas sem ser o da cruz de Cristo! Mas falharam. Ninguém jamais poderá transpor os umbrais da cidade do Senhor, se não nasceu de novo, como nos ensinou nosso divino Mestre (Jo 3.1-5). Pode construir Torre até os céus; pode sonhar com árvore até o céu; mas a entrada lá só será possível por meio do precioso sangue de Jesus Cristo, nosso Senhor. (Ver Jo 14.6; 1 Tm 2.5). 4.12: “A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e toda a carne se mantinha dela. O versículo em foco e outros correlatos descrevem a grande prosperidade do reino babilônico, incluindo a pessoa do rei Nabucodonosor. O reino deste monarca caldeu foi sem dúvida alguma muito grande em magnificência: grande em extensão, e grande em crueldade! Podemos observar porque aquele reino era tão grande em crueldade: 1) Nele havia um “forno de fogo ardente”. 2) Nele havia “covas de leões bravos”. 3) Nele era desenvolvida a magia negra, e outros tipos de heresias eram também ali praticadas em forma crescente. A grande Babilônia corrompeu a to dos os habitantes da terra; a Babilônia escatológica fará o mesmo e mais ainda (Ap caps 17 e 18). Mas elas não sabiam, como ainda hoje não sabem, que o “machado de Deus” já está posto em sua raiz (Ver Mt 3.10; Ap 18.2.) 4.13: “Estava vendo isto nas visões da minha cabeça, na minha cama; e eis que um vigia, um santo, descia do céu. ” “...um vigia, um santo”. O presente texto fala de “um vigia, um santo”, isto é, um que é santo. No versículo 13 do capítulo oito deste livro, nos são apresentados dois santos que falam; aqui, porém, somente uma pessoa está em foco. O termo “vigia” se traduz também por “um vigilante” no original, e denota um ser sem corpo mortal, com elevado poder, que nunca dorme, que reconhecemos como sendo o “Anjo do Senhor” ou o próprio Senhor Jesus. Pelo uso da expressão “um que é santo”, subentendemos que a pessoa do Pai também está em foco na presente passagem. (Ver SI 121.) Deus é o “Vigia Eterno” que nunca dorme. Ele nunca se cansa nem se fadiga, como bem pode ser visto em toda a extensão da Bíblia. (Ver Is 40.28.) Aqueles que fazem parte de sua guarda, também não dormem nem de dia nem de noite (Ver Ap 4.8.) 4.14: “Clamando fortemente, e dizendo assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos; sacudi as suas folhas; espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos. ” “Derrubai a árvore O Vigia Eterno anuncia com grande poder a queda da grande árvore (Nabucodonosor e todo o sistema monárquico por ele criado). Paulo diz em Rm 13.1 e ss que as autoridades são constituídas por Deus; porém, é evidente que Deus exalta e também humilha. “Deus dá, mas também tira”, diz em Jó 1.21. Na Bíblia encontramos vários exemplos de pessoas soberbas que, quando foram elevados, puseram de lado a vontade estabelecida pelo governo geral de Deus. O profeta Oséias descreve sobre Saul o que segue: “Dei-te um rei na minha ira, e to tirei no meu furor” (Os 13.11). O reino da Babilônia cresceu até o céu como diz a profecia divina, mas estando maduro para a ceifa, começou a ser “sacudido” pelos juízo de Deus.

domingo, 6 de julho de 2014

OS QUATRO SERES VIVENTES (Ap.4.6) Escatológico

correspondem à significação dos quatro Evangelhos e a sua apresentação de Cristo. “Assim em Mateus, o primeiro Evangelho, Cristo é ali representado como o poderoso “Leão da tribo de Judá” em razão de ser este animal, o mais nobre da fauna (cf. Pv 30.30). Em Marcos, o segundo Evangelho, Cristo é visto aí como o “paciente novilho”, representado a força divina e sua paciência no holocausto da cruz (Lv capítulo 1). Em Lucas, o terceiro Evangelho, Cristo é contemplado como “O Filho do homem”: sua humanidade representada nele por mais de quarenta vezes, servindo a vontade divina e a necessidade humana (Mt 20.28 e Lc 22.27). Em João, o quarto Evangelho, Cristo é representado como “uma Águia voando”, em razão de ser esta ave a mais nobre das aves do céu e Jesus o mais nobre dos filhos de Deus (cf. Hb 1.4 ss). “Cada uma dessas criaturas tem seis asas, e estão cheias de olhos “por diante e por detrás”, o que sugere aventurosa energia, serviço obediente, direção inteligente e elevadas aspirações e plenitude.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Óleo

Era o mesmo azeite de oliveira usado para ungir a tenda da congregação, os objetos sagrados e os sacerdotes para realizarem seu serviço. Com esta unção eram considerados santificados (Êx 30.25-30). Quando o rei era investido no seu posto, recebia também a unção do azeite sagrado (1 Sm 10.1; 16.13). O óleo era usado no castiçal com a finalidade de produzir luz (Êx 27.20). Assim o óleo representa a luz para alumiar a Casa de Deus e seu povo. Como alimentação, tinha grande importância, se vê na história da viúva de Sarepta, que tendo em casa farinha e azeite, podia enfrentar três anos de seca (1 Rs 17.12-14). Ainda o óleo era empregado como remédio. O bom samaritano aplicou azeite e vinho nas feridas do homem que encontrou na estrada (Lc 10.34). Isaías compara a condição de pecado a feridas e chagas, que não foram amolecidas com óleo (Is 1.6). O Espírito Santo ungiu a JESUS para realizar seu ministério (Is 61.1; Lc 4.18) e por meio dele somos agora ungidos por Deus ".. .o que nos ungiu, é Deu s, o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações" (2 Co 1.21b,22). Como o sacerdote ungido com óleo se santificava, nós somos santificados pelo Espírito Santo (1 Pe 1.2). O óleo era alimento e remédio, o Espírito Santo nos fortalece e dá poder. Igualmente a unção representa a luz de Deus, para crescer no conhecimento da sua vontade. "E a unção, que vós recebestes dele, fica em vós... como a sua unção vos ensina todas as coisas..." (1 Jo 2.27).

terça-feira, 6 de maio de 2014

PARAKLETOS

PARAKLETOS: Quando Jesus se despediu dos discípulos, prometeu que não os deixaria órfãos. E disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Parakletos” (Jo 14:16). Falava ele a respeito do Espírito Santo. Jesus prometeu isto em aramaico, a língua usada por Ele na época, mas o apóstolo João, ao relatar esta passagem no seu Evangelho, o fez em grego. A frase original é allos Parakletos, na qual allos quer dizer “outro da mesma espécie”, e não hetero, que quer dizer “outro de espécie diferente”. Portanto, o Espírito Santo é outra Pessoa, mas da mesma espécie que Jesus. Não é anjo nem espírito. É a terceira Pessoa da Trindade. É o próprio Deus. Já a palavra Parakletos é assim explicada: Para quer dizer “ao lado” e kletos quer dizer “chamado”. Ou seja, Jesus prometeu “outro igual a Ele, chamado para ficar ao nosso lado”. Muitas traduções substituem o grego Parakletos por “Consolador” ou “Ajudador”, mas isso seria reduzir e limitar a finalidade  da vinda do Espírito Santo em nossa vida. Ele não tenta apenas confortar-nos sobre a ausência física de Cristo e pôr termo aos nossos pesares; tampouco é um socorrista que acionamos somente para algumas horas difíceis da nossa vida. A sua vinda é para Deus ficar o tempo todo ao nosso lado! Segundo as descrições que Jesus faz a partir do capítulo 14 de João, o Espírito Santo, além de consolar e ajudar, guia, ensina, fortalece, faz lembrar as palavras do Senhor, inspira, concede dons e roga por nós, através de nós. Por isso, dada a abrangência da sua atuação, é preferível chamá-lo de Parakletos. Observe na promessa de Jesus, a presença da Santíssima Trindade: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Parakletos."

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Dois tipos de vasos (interessante)

ALABASTRO símbolo da igreja:
Pedra macia e translúcida, parecida com o mármore, formada pela cristalização natural da água, gota por go- ta, durante milhares de anos. A pedra de alabastro é usada em esculturas finíssimas ou na confecção de vasos para perfume. Por isso o vaso de alabastro é tão valioso, por não ser moldado em barro como os demais vasos e, sim, esculpido por um artista. Maria de Betânia, após ungir Jesus com um bálsamo caríssimo, quebrou o seu vaso (Mc 14:3), mostrando a exclusividade do que havia consagrado ao Senhor. A lição disto é que cada Igreja é um “vaso” de alabastro, mas também podemos representar o vaso de alabastro a um cristão, vejamos: o vaso é o nosso corpo precioso, o bálsamo é a nossa alma, e o perfume é o nosso espírito. Cada pessoa deve consagrar-se inteira, única e exclusivamente ao Senhor. O ato de Maria de Betânia, ao derramar o bálsamo sobre a cabeça de Jesus, ungir os seus pés e enxugá-los, mostra a verdadeira consagração: cada pessoa deve reconhecer a Jesus como cabeça, colocar-se aos seus pés e servi-lo com total exclusividade.
• A Igreja é transparente conf:. Ap 2.1
• A Igreja é preciosa
• A Igreja deixa a luz penetrar em meio a sua
transparência, ou seja Jesus estar dentro dela, mas algumas o deixam do lado de fora como a igreja de laodicéia conf:. Ap 3.20
• A Igreja desaparecerá, e por fim sobrará apenas sua essência, da mesma forma que a mulher quebrou o vaso de alabastro, e por fim o restou foi a sua essência.

VASO DE BARRO símbolo de Israel

Sempre ouvimos dizer que o barro simboliza o crente, mas além desse símbolo, o barro também simboliza a nação de Israel, vejamos oque diz em Jeremias 18 6. "Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel."
•O vaso de barro nos impede de vê o seu conteúdo
•Só pode ser visto e contemplado de cima, ou seja só Jeová conhece Israel a finco
• Por não ser translúcido como o alabastro não lhe passa luz, a luz não penetra apenas fica do lado de fora, ou seja Jesus que é a luz veio para os eram seus, mas os seus (os judeus) não o receberam, Israel não se permitiu ser penetrado por essa luz que é Jesus.
• É escuro por dentro, Israel apesar de ser um Estado independente possuí um sincretismo (mistura) dentro dos seus muros, Islâmicos, budistas, e outros povos concentram se em suas ruas, ou seja no seu interior, trazendo obscuridade dentro de si.
Wellington Silva.