segunda-feira, 31 de março de 2014

Pornografia o vírus da Igreja no século XXl

No início dos anos oitenta, o acesso a uma revista masculina era muito mais difícil para quem era menor de idade. Além da embalagem plástica que protegia o periódico, havia também uma tarjeta onde se lia: proi bido para menores de dezoito anos! Com o advento da Internet esse fraco muro de proteção foi implodido e o acesso ao caudaloso rio da pornografia está à disposição de crianças, adultos e velhos. Evidentemente que as mídias sociais — Orkut, Facebook, e outros — potencializaram em muito a possibilidade de alguém se prender nas teias da tentação sexual. Não é mais novidade alguma que a Internet se tornou a grande confidente de homens e mulheres que estão vivendo alguma desilusão nos seus casamentos. A porta está escancarada para uma aventura sexual. Foi isso que ouvi de um colega pastor quando preguei em sua igreja, só para citar um dos casos, pois ouvi algo incrivelmente semelhante em outros lugares. Contou-me que acabara de ver um lar sendo desfeito por conta de um caso extraconjugal en volvendo membros de sua igreja. Segundo me disse, o esposo o procurou para relatar o que havia descoberto no histórico das redes sociais visitadas por sua esposa. Desconfiado do compor tamento dela, aquele irmão contratou um hacker para instalar um programa espião em seu computador e assim acompanhar as páginas que a sua esposa visitava na Internet. Foi aí que descobriu que a ela havia se envolvido com um homem, inclusive se despindo em frente à sua webcam para o seu amante virtual. O amante virtual se tornou real e o casamento, que começou como um ideal, desabou! No excelente livro Seu Casamento e a Internet, os escritores Thomas Whiteman e Randy Petersen observam: “Os computadores não passam de máquinas, e não fazem qualquer tipo de juízo de valores. A Internet é uma ferramenta que pode ser utilizada tanto para o bem quanto para o mal, de pendendo de quem faz uso dela. Não iremos amaldiçoá-la como um todo por causa dos possíveis descaminhos no seu uso. Não culpamos Gutemberg pelas revistas pornográficas. Será que os automóveis também são uma invenção ruim porque algumas pessoas provocam acidentes? Entretanto, já vimos uma grande quantidade de casamentos destruídos pela Internet, em função do fácil acesso proporcionado à pornografia e à tentação oferecida em salas de bate-papo. E claro que, talvez, não possamos colocar toda a culpa por esses rompimentos na Internet. Afinal de contas, a rede não passa de um instrumento. As pessoas envolvidas precisam arcar com a responsabilidade pelas suas ações. Contudo, a Internet tem desempenhado um papel-chave no fracasso de muitos casamentos. Mas por que isso acontece? Haveria alguma coisa na natureza da rede que a tornaria especialmente tentadora? Sim. Há diversos fatores que contribuem para uma sedução vinda da Internet que poderia ser potencialmente devastadora para os casamentos.”1 No final deste capítulo destaco alguns cuidados que devem ser tomados para evitar a pornografia virtual e consequentemente as suas danosas consequências nos relacionamentos. Aqui cabe desta car os elementos facilitadores da traição virtual. Primeiramente há desejo que nunca se satisfaz. A porta para os desvios da sexualidade e para a prática de perversões sexuais fica escancarada. É aí uma falsa privacidade e um falso anonimato que todo navegante do universo virtual pensa dispor. De fato um computador em uma sala de escritório ou em um quarto de uma residência parece favorecer esse “clima” privado e anônimo. Mas o fato é que toda privacidade virtual se tornará pública com o tempo e todo anonimato receberá uma identidade. As estatísticas mostram que por trás de uma grande quantidade de pedófilos, estupradores ou até mesmo clérigos envolvidos em escândalos sexuais, e que tiveram suas vidas expostas na mídia, havia a prática de sexo virtual supostamente secreto. Por que o privado se tornou público e o anônimo foi identificado? Isso acontece porque nenhuma prática sexual exercida de forma ilegítima produz satisfação plena. Quem se envolve com pornografia vive sempre a busca de mais satisfação sexual.
Visando um maior controle ao uso das mídias eletrônica aconselhamos:
Antes de navegar seja sincero diante de Deus e diante de si mesmo. Reconheça que você é homem, tem desejos de homens e vai morrer como eles. A resposta à tentação virtual não é negar quem você é, mas assumir que você depende do Senhor para vencê-las (1 Co 10.13). Nossa natureza adâmica e pecaminosa gosta de “prostituição, impureza e lascívia” (G1 5.19). Não adianta fazer de conta que isso não é verdade! Se a carne deseja o impuro, o imundo, imagine quando ela é estimulada por imagens ou por palavras que provoquem isso. Por que então não fazer uma oração antes de navegar na rede? Ore reconhecendo que é possuidor de uma natureza pecaminosa e que precisa da ajuda do Senhor para não pecar contra Ele.
• Evite acessar o computador quando estiver sozinho. O ide al é que o limite do cristão seja interior e não exterior (G1 5.16). Todavia essa prática é importante até que o domínio próprio se torne um hábito (1 Co 6.12). Quando o cristão aprende a andar no Espírito, então ele terá o domínio necessário para navegar na rede tanto na presença de alguém como na ausência (Rm 8.13). Mesmo que você seja um crente que aprendeu a depender do Senhor, mas se você se envolveu com pornografia, é preciso que evite a “aleatoriedade”. Navegue com propósito! Evite cair no erro de Davi que em um momento de ociosidade viu uma mulher tomando banho. Seja sincero consigo mesmo e se pergunte: o que vou fazer agora ao ligar esse computador? O que vou procurar? Evite os truques e subterfúgios que empurram você rumo ao pecado.
• Evite programas de auditório ou reality shows onde é explorada a sensualidade. Parece um excesso de zelo, mas não é. Se você não se prevenir, essa sensualidade legal acabará por levá-lo para o pecado sexual
Lembre-se de que na TV brasileira há uma sensualidade “legal”, mas nem por isso deixa de ser imoral. Nem tudo o que é legal é mo ral. Programas de auditórios são sempre realizados com a presença de dezenas de modelos seminuas. E considerado legal para a sociedade e até mesmo para o Estado, mas é imoral diante de Deus. Fuja!
• Eugene Getz aconselha a cancelar a sua TV por assinatu ra! Eu já fiz isso quando descobri que naquela prestadora de serviços havia canais, que mesmo não sendo “adultos”, faziam publicidade erótica para aqueles que eram de fato considerados sexy hot. Posteriormente contratei os serviços de uma TV por assinatura com programação voltada mais para a família.
• Evite bancas de revistas e locadoras de vídeos destinados à promoção desse tipo de material.
• Renove a sua mente diariamente pela leitura da Palavra de Deus.
• Desenvolva o hábito da oração. Lembre-se de que essa é uma guerra espiritual e por trás desses vícios há demônios querendo escravizá-lo.
• Desenvolva relacionamentos fortes com quem pode aju dá-lo na intercessão. Peça ajuda a um amigo ou amiga que você sabe que é alguém com um ministério de intercessão.
• Evite salas de bate-bapo com pessoas desconhecidas. E quando se tratar de amigos ou amigas evite criar um víncu lo emocional em que as garras da tentação sexual possam ser fincadas em você. Nesse tipo de conversa deixe bem claro que você é uma pessoal fiel a Deus.
Pr. José Gonçalves

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